sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Próximos concertos


Luís Represas e João Gil
8 de Dezembro
GNR
24 de Novembro

CARLOS DO CARMO
3 de Novembro



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CINEMA Casa das Artes


8 de Outubro |21h30 |Pequeno Auditório
Entrada livre à lotação da sala
Fime : TED
De: Seth McFarlane
Com: Mark Wahlberg, Mila Kunis, Seth MacFarlane
Género: Comédia
Classificação:M/12
Duração: 106 m
 
 
 
 
 
 
29 de Outubro |21h30|Pequeno Auditório
Entrada livre à lotação da sala
Filme O Fantástico Homem-Aranha
De: Marc Webb
Com: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans
Género: Acção, Aventura
Classificação: M/12
Duração: 136 m

O INCRIVEL HOMICIDA

O INCRIVEL HOMICIDA   ESTREIA NACIONAL
Teatro
Co produção com Casa das Artes de Famalicão/ TEATRO CONSTRUÇÃO
26 e 27  de Outubro| Sexta e sábado | 21h30 | Grande Auditório
Entrada: 5 euros / Cartão Quadrilátero Cultural: 2,5 Euros
M/12
Duração: 70 m

SINOPSE
O Incrível Homicida é mais um dos muitos concursos/reality show em que o Ser Humano, como concorrente ou espetador, desce aos níveis mais miseráveis da sua dignidade. Este espetáculo de horrores não traz qualquer tipo de novidade ou sequer ambiciona ser inovador. Ele aborda o assunto mais banal dos nossos dias: A violência. No Incrível Homicida os crimes, monstruosos, ingénuos, simples ou magistralmente orquestrados são a oportunidade de sucesso e notoriedade dos concorrentes que, à mercê da deformada opinião pública, se expõem como escravos das suas mais destrutivas pulsões.
Neste programa de entretenimento, à semelhança de muitos outros (informativos, didácticos, ficcionais, etc), a vida das vítimas pouco ou nada vale quando comparada à competência e genialidade dos autores dos crimes.
Baseado na obra Crimes Exemplares de Max Aub, O Incrível Homicida é um espetáculo teatral interpretado por apenas dois atores que se desmultiplicam em inúmeras personagens, refletindo o caleidoscópio social e suas múltiplas fragilidades.
Com aproximadamente 70 minutos de duração, num ambiente grotesco, bizarro, com notas burlescas, o espetador é convidado a refletir sobre o desenvolvimento da sua insensibilidade à galopante escalada da crueldade que com ele coabita.

 FICHA TÉCNICA
TÍTULO DO ESPETÁCULO: O INCRIVEL HOMICIDA
BASEADO NA OBRA CRIMES EXEMPLARES DE MAX AUB
ENCENAÇÃO E DIREÇÃO ARTÍSTICA: MIGUEL FONSECA
INTERPRETAÇÃO: ROMEU DOS ANJOS PEREIRA, SIMÃO BARROS
Composição e ambientes sonoros: João Santos
Músico e intérprete: Diogo Fernandes
CENOGRAFIA E GUARDA-ROUPA: TEATRO CONSTRUÇÃO
DESENHO DE LUZ: MIGUEL E CÉSAR GONÇALVES
PRODUÇÃO: ATC – ASSOCIAÇÃO TEATRO CONSTRUÇÃO
FOTOGRAFIA E IMAGEM: HELDER SOUSA

terça-feira, 11 de setembro de 2012

DAVID FONSECA

DAVID FONSECA | “SEASONS TOUR - RISING : FALLING”

20 de Outubro| Sábado| 21H30| Grande Auditório
 Entrada: 15 euros/ Cartão Quadrilátero Cultural: 7.5 Euros Desconto de 5€ para portadores de voucher FNAC atribuído na compra de uma das edições de “Seasons” a partir de 3 de Setembro (limitado ao stock existente)
 M/4
Duração aproximada: 90 m (sem intervalo
http://www.davidfonseca.com/

David Fonseca reservou para 2012 um dos grandes desafios artísticos da sua carreira – relatar-nos um ano da sua vida através de canções. O resultado é “Seasons”, um trabalho que se divide em dois discos: “Rising”, o primeiro volume, editado a 21 de Março, e “Falling”, o segundo, a 21 de Setembro.
 Este espectáculo – “Season Tour – Rising : Falling” - compila a nova aventura musical de David Fonseca, revelando-nos um artista no seu auge criativo aprofundando sonoridades que havia já abordado nos seus últimos discos ainda que nunca de uma forma tão marcante. Se “What Life Is For”, o primeiro single de “Seasons – Rising:” reforçava esta ideia ao integrar no seu eclectismo musical a electrónica e o rock, já em “Seasons – Falling”, David explora, como nunca, a essência do songwriting, proporcionando-nos canções de invulgar emotividade.
 Em palco, “Seasons – Rising : Falling” ganhará uma nova dimensão: temas como “Under The Willow” e “It Feels Like Something” ou os mais recentes “All I Wanted” e “I’ll Never Hang My Head Down” testemunharão quão excitante é assistir a um espectáculo de David Fonseca. Uma sensibilidade e energia contagiante protagonizada por um artista de raro talento.
 Depois, a cumplicidade única com os músicos da sua banda, o extremo cuidado com a componente cénica ou a emoção ao recriar canções como “Someone That Cannot Love”, “Kiss Me, Oh Kiss Me” ou “A Cry 4 Love”, transformam as prestações ao vivo de David Fonseca em algo de memorável.

“Seasons – Rising : Falling”, um espectáculo a não perder!

David Fonseca – voz, guitarra acústica, guitarra eléctrica, piano
Nuno Simões – baixo, guitarra eléctrica, teclado
Paulo Pereira – teclados, voz
Sérgio Nascimento – bateria, percussão

SANDY KILPATRICK | REDEMPTION ROAD

SANDY KILPATRICK | REDEMPTION ROAD
Folk / Soul
19 de Outubro| sexta| 21H30| Grande Auditório
Entrada: 5 euros/ Cartão Quadrilátero Cultural: 2.5 Euros
M/4
Duração: 70 m

Demorou algum tempo, mas o novo álbum de Sandy Kilpatrick “Redemption Road” está finalmente connosco. Parece que valeu a pena a espera também; o álbum foi aclamado por uma lista crescente de especialistas da indústria na Europa, incluindo um dos mais importantes interlocutores do Reino Unido, Mark Radcliffe do BBC, e aqui em Portugal interlocutores como Ricardo Mariano (Radar, RUC) e Nuno Calado da Antena 3. O crítico americano, Forest Taylor, descreveu o álbum como “absolutamente maravilhoso”, e o Sandy tem trabalhado muito para os espetáculos a combinar o poder e a beleza do álbum. Ele acaba de voltar de uma turnê a solo esgotada que o levou a voltar às suas raízes no Reino Unido, principalmente Manchester e Glasgow e uma curta turnê de uma semana na Letónia. Este concerto na sua cidade escolhida de Famalicão promete ser realmente muito especial.

Gamelinhos

Concerto para pequeninos
Companhia de Musica Teatral
13 de Outubro | Sábado | 11:00, 15:30 e 17:30 | Pequeno Auditório
Entrada: 12 euros (Criança +pais) / Cartão Quadrilátero Cultural: 6 Euros
Destinatários: famílias com crianças dos zero aos seis anos e turmas jardins-de-infância.
Lotação máxima: 15 participantes no total
Duração: 30 - 40 minutos

Gamelinhos é uma experiência musical para os mais pequeninos. Baseia-se no material musical e nas ideias base do projecto Opus Tutti que a Companhia de Música Teatral tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos dois anos. Na performance Um Plácido Domingo, apresentada nos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, um dos "instrumentos" utilizados era o Gamelão de Porcelana e Cristal, uma escultura musical que fez a delícia de todos. Gamelinhos é filhinho desta ideia, mas também do Trilho do Rumor das Canas e de todas as sonoridades que têm como base o Babelim, a linguagem que bebés, pássaros e pedras sabem falar e que os adultos podem aprender se escutarem. Entre a música vocal, os sons da porcelana e cristal, dos sinos, dos pássaros de água e dos bambus, Gamelinhos propõe uma experiência colectiva de fazer e ouvir música em profunda harmonia com a natureza e com os mais pequeninos.
Ficha Artística
Concepção e Produção
Companhia de Música Teatral
Criação Pástica
Ana Guedes
Intérpretes
Sara Costa / Mafalda Nascimento
Apoio
Opus Tutti


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Trabalhadores do Comércio na CASA das ARTES de V.N. Famalicão

Trabalhadores do Comércio
A brincar, a brincar, deu num caso muito sério do pop-rock português.
 Naquele quarto onde possivelmente anos atrás teria nascido uma outra grande banda mítica do rock feito em Portugal, os Arte & Ofício, o quarto onde certamente o Sérgio Castro teve muitos sonhos musicais e outros, nascia ao raiar dos anos 80 um novo projecto para o rock português. 

 
12 de Outubro| sexta| 21H30| Grande Auditório
Entrada: 6 euros/ Cartão Quadrilátero Cultural: 3 Euros
M/4
Duração: 90 m
 
Habituado a compor e a cantar em inglês, Sérgio Castro e Álvaro Azevedo, que na época ainda faziam parte dos Arte & Ofício, começaram a pensar numa nova banda  aventurando-se a compor e a cantar na língua de Camões, só que, para o Sérgio, era difícil ver-se a cantar em português. Eis que de repente, o João, um puto de sete anos, sobrinho do Sérgio, para espanto de todos, começa a cantar alguns temas que ia ouvindo o tio cantarolar. Assim, naquele quarto de muitos sonhos, na casa dos pais do João Medicis, onde o Sérgio dormia e trabalhava, nasciam os Trabalhadores do Comércio. Iniciavam a carreira como trio (Sérgio Castro, Álvaro Azevedo e João Medicis) no ano de 1980 e logo com dois singles para quatro sucessos imediatos. O “puto” para além da música da banda, era a grande revelação nacional. Ao trio veio a juntar-se Miguel Cerqueira, Jorge Filipe Santos e Zé Santos.
 No ano seguinte, gravam o primeiro álbum “Trips à moda do Porto” e eram editados mais dois singles, nos quais apareciam duas versões distintas do que até hoje ainda continua a ser o seu hino principal, “Chamem a polícia”. A banda da Invicta notabilizava-se pela irreverência das suas letras bem humoradas, onde se espelhava, e continua a espelhar, a realidade do nosso dia a dia, cantadas com sotaque à moda do Porto, ou, como dizem os mentores da mesma, numa “linguagem nortense”. 
Os concertos são sucessos incríveis, correspondendo ao alcançado com os discos. É a febre do Trabalhadores. Mas o puto precisava de crescer, estudar, brincar e assim, após a gravação do segundo álbum, “Na Braza” em 82, a banda pára de fazer concertos e de gravar. Inesperadamente, em 1986, surgem com o trio original, para concorrerem ao Festival da Canção com o tema “Os Tigres de Bengala” que alcança o primeiro lugar exéquo com Dora. Aproveitam para gravar e editar o terceiro álbum, “Mais um membro p’ra Europa”. Entretanto, Sérgio já vivia em Vigo, quando se reúnem de novo, em 1990, para gravarem o “Sermões a todo o rebanho” e desaparecem. Mas eis que o quinteto base volta a reunir-se e, em 2007, surpreendem tudo e todos com um novo trabalho denotando grande folgo e uma grande evolução. O álbum chama-se mesmo “Iblussom”, com João como guitarrista e vocalista ao lado do seu tio Sérgio. De novo no seu melhor, como que o regresso aos anos dourados, continuando independentes e a tocarem como nunca o que mais gostam, como suporte das suas letras brilhantes e divertidas, sempre com um sentido crítico social e até político. Assim continuam até aos dias de hoje somando êxitos em cada concerto e com um novo álbum comemorativo de três décadas de actividade, "Das Turmêntas hà Boua Isperansa" publicado em Dezembro 2011, de novo surpreendendo pela sua frescura musical e dando voz  o lado feminino da banda onde reinam três excelentes cantoras. Um álbum pleno de atualidade acompanhado de um livro onde se contam histórias da banda, dos seus membros e de todo o “boom” do rock português desde o seu início até ao fim da década de 90. O resto, dizem, fica para o próximo. Por estas e por outras, fiquem de olhos e ouvidos atentos nestes “gajos” do Porto que rapidamente cativam plateias por terras da Península Ibérica.


A BOCA DO INFERNO - TEATRO

A Boca do Inferno ESTREIA NACIONAL
Teatro/ Comédia
Co produção com Casa das Artes de V.N. de Famalicão/Teatro Jangada
5 e 6 de Outubro| Sexta e sábado | 21h30 | Grande Auditório
Entrada: 7 euros / Cartão Quadrilátero Cultural: 3,5 Euros
M/12
Duração: 70 m

D. Afonso Henriques nasceu frágil. Único filho varão de D. Henrique e de D. Teresa, não conheceu o pai, que desapareceu prematuramente sem ter conseguiu concretizar o sonho de transformar o condado num reino.
Entregue aos cuidados de Egas Moniz, dele se desapegou a mãe, que alimentava outras ambições. Nesses tempos as amas e, depois, os aios é que cuidavam dos filhos dos nobres, apartados dos pais até à juventude.
Egas Moniz viu que aquele ser raquítico, provavelmente atingido pela poliomielite, nunca poderia chamar a si o sonho do conde.
Aqui entra a dupla lenda que corre em Trás-os-Montes, em Montemor-o-Velho e no Vale do Sousa: a do milagre que curou o infante e o transformou depois da passagem por uma capela (ou de um banho em água milagreira), um garboso mancebo, depois da passagem por uma capela (ou de um banho em água milagreira).
Mas há outra lenda mais obscura e ocultada, segundo a qual a nossa pátria se fundaria sobre uma fraude, o que, sendo um tema polémico, é também extremamente produtivo: explica muito da História subsequente.
Porque a História de Portugal é fértil em episódios, entre o burlesco e o trágico, de uma teatralidade ostensiva. É só colhê-los e dar-lhes a forma para a qual eles tendencialmente se afeiçoam.

Ficha Técnica
Texto Original – António TorradoEncenação e Cenografia – José Carretas Atores – Bruno Martins; Cláudia Berkeley; Luiz Oliveira; Patrícia Ferreira; Vítor Fernandes e Xico Alves Música Original – Vitor FernandesArranjos Musicais – Rui ReisFigurinos – Margarida Wellenkamp Desenho de Luz – Nuno TomásFotografia – Manuel Meira 


Exposição de Pintura Alua & Pólen


Exposição de Pintura Alua & Pólen
De 5 a 31 de Outubro, Foyer

Titulo - IRREQUIETUDES

 Telas irrequietas

Uma vez zanguei-me com as telas de Alua Polen : - “raio de pinturas que não estão quietas!”...e desconfiei que fosse uma partida dos meus olhos, aviso de qualquer demência oftálmica que me fez estremecer de medo – na minha idade há que ter atenção a estas campainhas de alarme.
E olhei os quadros novamente, de frente, de través, de cima e de baixo, desafiando o meu aparente ar de pessoa equilibrada, perante o olhar desconfiado dos restantes visitantes das exposição, que tinham vindo ver pintura e não para me aturar os malabarismos.
Mas era verdade: as cores bailavam, as peças entrelaçavam-se, os fundos ondulavam, as matizes ora escureciam ora clareavam, e nada naquelas telas parecia fixo, estável.
E era neste quadro aqui, no outro ali, no de acolá. Uma fluidez cadenciada e lenta, que nos levava num embalo como se estivéssemos nos braços de nossa mãe, bálsamo de dores e aconchego de protecção.
Imenso mar de sentimentos, refugiando-se de infinito, cobrindo-se de coisas palpáveis, tão reais como as mãos que sentem vontade de as tocar. E se os olhos se fundem no hipnotismo do ritmo, dificilmente se resiste à tentação de sentir na ponta dos dedos os desenhos que saem da tela.
Pinturas que se mexem – nunca tinha visto. Nem alguma vez sonhei achar. Que se movimentam sem ordem definida mas em conciliação mútua, sem se chocarem umas com as outras, cada qual no seu espaço, respeitando as vizinhas, mas não abdicando da liberdade de passearem por onde querem.
E podemos estar ali horas a fio, a olhar uma pintura como se fosse um aquário de sonhos, com a mesma fluidez, a mesma dança, a mesma calma, o mesmo silêncio, a mesma paz.
E de cada vez que a olhamos, sempre nos aparece de uma forma diferente. A renovação. A ressurreição.
As telas de Alua Polen, são mesmo assim: renovam-se em cada mirada. Apagam-se na escuridão da sala escura, e ressuscitam de cada vez que acendemos a luz..
São telas diferentes, por isso e muito mais.
Mas são perigosas, também. Porque começamos por olhá-las e acabámos a falar com elas. E aí é que o caso se complica: o risco de ter pinturas no nosso rol de amigos e no seio do nosso enquadramento familiar.

Nestas circunstâncias, acho melhor não me zangar com elas.

Não podemos andar zangados com quem queremos conviver.

Chico Gouveia (Escritor e músico)