segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A NOIVA CADÁVER

Atelier Baú dos Segredos
Teatro
5 e 6 de Março, quinta e sexta, 21h30, Grande Auditório
Entrada: 2 euros
M/6
Duração 60 m

Baseado num conto popular russo, A Noiva Cadáver conta a história do desajeitado e tímido Victor, que se vê envolvido numa embrulhada, paralelamente no mundo dos vivos e dos mortos, onde em ambos os lados faz o papel de noivo.
Uma história de contrastes num mundo de contrastes, em que os mortos "vivem" num ambiente muito mais festivo e alegre, em oposição aos vivos que parecem deambular por um mundo escuro e triste, ou seja, a Inglaterra vitoriana.
A era Vitoriana, recebe esse nome por causa da rainha que estava no poder nessa
época, ou seja, a rainha Victoria.
Ora, um dos objectivos da obra é, justamente, fazer uma crítica da sociedade britânica dessa altura.
Aos olhos do espectador atento, existem até várias semelhanças entre os personagens da obra e gente que, de facto, viveu nesse período da história da Inglaterra, Disso é exemplo, a educação da personagem Victoria:
A habilidade musical não era bem vista para uma jovem, pois supunha-se que a música despertava sentimentos e as mulheres eram tidas como sexualmente perigosas, logo, a mulher que tivesse desenvolvido habilidades musicais, era encarada como vulgar e imoral.
Ora aí está um traço vitoriano que diz respeito à educação das moças.
Tendo em vista que a mulher era criada e educada para a vida matrimonial, era melhor que ela não possuísse estudos desnecessários, ou seja, que aprendesse apenas o suficiente para cuidar de uma casa – dirigir empregados, ser a interlocutora do marido e educar os filhos. Para isso, não era necessário o domínio de conhecimentos técnicos especializados nem de latim. Somente a formação prática e teórica em economia doméstica.
A intenção pela qual o nome da Rainha Victoria foi mantido na obra, pode ter sido para afirmar que a personagem Victoria Everglot foi realmente baseada na Rainha, uma vez que a peça foi criada a partir de documentos históricos sobre a rainha Victoria, uma pessoa que efectivamente existiu e que provavelmente serviu de “molde” para a criação da personagem, como se pode perceber pelas características em comum.
A Noiva Cadáver é uma obra saída do imaginário de Tim Burton, senhor que já nos habituou a um mundo muito próprio de fantasia, de teor gótico, não deixando de nos surpreender.
Inicialmente, esta obra foi apresentada num filme de animação com êxito mundial.
Por isso encaramos como um desafio a sua montagem em palco.
Essa é a razão que nos move, desta vez.
Esperemos que gostem!

FICHA TÉCNICA
Produção - Casa das Artes de Famalicão
Adaptação, Encenação e Cenografia - João Regueiras
Luz, Som e Manuseamento de Cenários - Equipa Técnica da Casa das Artes
Direcção Musical - Rui Mesquita
Figurinos e Caracterização - Carmen Regueiras e Emília Silva
Coreografias - Ana Regueiras
Elenco - Alunos do Nível 2 do Baú dos Segredos

4 comentários:

Anónimo disse...

Correu tão bem :D
Adorei mesmo! Foram todos fantásticos.
PARABÉNS

Anónimo disse...

Parabens, estiveram todos muito bem

Anónimo disse...

Confesso que quando me falaram que o bau ia fazer A noiva cadaver, fiquei curioso
Por toodas as espetaculares produções, esta ia ser muito mais complicada, subiram 1 degrau em faze-la tão bem, superaram o desafio
Parabens

Anónimo disse...

Exmo. Sr. João Regueiras,

Os nossos cumprimentos,

Cumpre-nos informar que todas as obras utilizadas em lugar público carecem de autorização prévia e expressa, dada pelos autores ou pelos seus representantes, e são passíveis de cobrança de direitos autorais, mesmo que inseridas em espectáculos gratuitos, de cariz social e pedagógico, desde que os autores assim o determinem.

Com efeito e nos termos da Lei, só o autor tem o direito exclusivo de dispor da sua obra e de autorizar, por si ou através de representante, a sua utilização por terceiros, total ou parcialmente em relação a cada uma das forma de utilização.

Tal autorização só é reconhecida legalmente se for dada por escrito, e é concedida mediante o pagamento de direitos de autor, que são a única forma de remuneração do trabalho intelectual.
Somente as obras de autores falecidos há mais de 70 anos não necessitam de autorização, dado já terem caído no Domínio Público.

Esta matéria é regulada pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, constituindo a utilização de uma obra intelectual sem autorização do autor, ou do organismo que legalmente o representa, crime de usurpação previsto e punível nos artigos nºs. 195 e 197 do mesmo diploma.Ora, no caso concreto do autor Timothy William Burton verifica-se que efectivamente as suas obras ainda são protegidas, pelo que V. Exa. terá que obter a necessária autorização para levar à cena algum espectáculo baseado na obra desse autor.

Porém, na pesquisa que efectuada sobre a obra "Corpse Bride" ("A noiva cadáver") verificámos que esta não será de autoria de Tim Burton, pois, este apenas foi o realizador do filme.

Trata-se de uma história baseada num conto russo-judaico do século XIX, portanto, já caída no Domínio Público sendo o conto original de livre utilização.

Pela nossa parte, apenas teremos de conhecer os restantes autortes deste projecto, nomeadamente, agradecendo que nos devolva, depois de preenchida a Ficha de Produção Teatral que anexamos, sob forma de ficheiro word.

Subscrevemo-nos com consideração,

Carla Santos
ALA -Teatro e Dança
_________________________________________
SPA - Sociedade Portuguesa de Autores
Av. Duque de Loulé, 31 - 1069-153 Lisboa
Tel: (351) 21 359 44 00 Fax: (351) 21 353 02 57
E-mail: geral@spautores.pt
Portal web: www.spautores.pt

ALA-Área de Letras e Artes
Teatro e Danca
Tel: (351) 21 359 44 12
E-mail: teatrodanca@spautores.pt