Casa das Artes e Teatro Narciso Ferreira

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Estreia- Sa(n)tã - Uma vida em delírio ou a tentativa de não esquecer da Fértil Cultural | Teatro Narciso Ferreira


31 outubro

sexta . 10:30

sessão mediação

 

31 outubro

sexta . 21:30

público em geral

 teatro

M/12. duração 50'

 teatro

 Mediação: Entrada livre sujeita à inscrição prévia via tnf@famalicao.pt

Público Geral: 2 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 1 Euro.

 Ficha Artística


Criação e Interpretação: Neusa Fangueiro e Priscila Clemente
Música e Sonoplastia: Grasiela Müller
Cenografia: Filipe Silva
Figurinos: Filipa Carolina
Desenho de Luz: Rui Leitão
Direção de produção: Rui Leitão
Costureira: Mónica Melo
Espetáculo desenvolvido a partir do projeto final de Mestrado de Artes Cénicas – Criação Teatral da ESMAE. Orientadoras Claire Binyon e Inês Vicente
Produção Fértil Cultural
Coprodução: Teatro Narciso Ferreira / Casa das Artes de Famalicão

Sa(n)tã — uma vida em delírio ou a tentativa de não esquecer será a cerimónia “sagrada” da convenção teatral e acontecerá como uma espécie de jogo artesanal, como uma brincadeira.
Uma reflexão a vidas de mulheres, revelando as marcas do tempo, as cicatrizes da existência e a beleza na transformação. A trama desvenda histórias reais, onde essas mulheres enfrentam o dualismo entre sagrado e profano, doce e amargo, luz e escuridão, enquanto navegam por memórias, alegrias, solidões e os impactos emocionais que as acompanham. A teatralidade servirá de “substituto laico do ato religioso”.

Clássicos vs Contemporâneos - ars ad hoc | Teatro Narciso Ferreira.


 25 outubro . sábado

16:00

famílias M/6 . 60min

 música de câmara

 Entrada: 2 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores ( a partir de 65 anos): 1 Euro.

  Ficha Artística:

ars ad hoc

violino: Matilde Loureiro e Diogo Coelho

viola: Francisco Lourenço

violoncelo: Gonçalo Lélis

programação e apresentação: Diana Ferreira

produção: Arte no Tempo

apoio: Direção Geral das Artes, República Portuguesa – Cultura, BPI Fundação “la Caixa”

A Arte no Tempo é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes. O ars ad hoc é apoiado pelo Banco BPI/Fundação "la Caixa”

 No seu quarto concerto no Teatro Narciso Ferreira, num ambiente muito informal, o ars ad hoc dá a escutar obras para quarteto de cordas que, embora, datem todas do mesmo século, apresentam linguagens bastante diferentes entre si. De Maurice Ravel (1875 – 1937), um “clássico”, o ars ad hoc interpreta o seu único quarteto de cordas, escrito em 1903, na tonalidade de fá maior. Compostas já no final do século, as obras de Isabel Soveral (1961) e do quase centenário György Kurtág (1926), que o ars ad hoc dará a escutar, distanciam-se largamente do sistema tonal.

 Criado em 2018, no âmbito da Arte no Tempo, o ars ad hoc é um grupo de música de câmara que se distingue pelo à vontade com que circula entre os cânones do grande repertório clássico/romântico e a mais recente criação musical, empenhando-se com igual exigência na preparação de todas as obras que dá a escutar. Além dos programas compostos exclusivamente por música contemporânea, que apresenta na Fundação de Serralves e nas bienais da Arte no Tempo, o ars ad hoc dedica uma parte importante do seu trabalho à divulgação de obras incontornáveis do repertório de música de câmara fora dos grandes centros urbanos, beneficiando para tal de um apoio do Banco BPI | Fundação “la Caixa”. O ars ad hoc tem investido na encomenda e estreia de obras, maioritariamente de compositores portugueses, tendo dedicado especial atenção à música de B. Furrer, S. Steen-Andersen, L. A. Pena, H. Lachenmann e C. Iannotta e O. Bianchi.

  Programa

Isabel Soveral (1961) | Anamorphoses V [1997]

György Kurtág (1926) | Officium Breve in memoriam Andreae Szervánszky, op. 28 [1989]

Maurice Ravel (1875 – 1937) | Quarteto de cordas em Fá maior [1903]


CLOSE-UP Observatório de Cinema – episódio 10 | Teatro Narciso Ferreira

CLOSE-UP

Observatório de Cinema

– episódio 10

11 a 18 de outubro

 

 14 outubro

terça . 10:00

sessão mediação

ARQUITECTURAS IMAGINADAS (curtas-metragens de animação)

sessão para escolas (1.º e 2.º ciclos)

 M/6 / Duração: 60 min

 "Arquiteturas imaginadas" reúne animações que não só estimulam a imaginação dos mais novos, como também os introduzem à importância dos espaços que habitamos, à forma como os construímos e ao impacto que podem ter nas nossas vidas.  Através de histórias como "Lar Doce Lar", em que uma casa decide mudar de lugar, ou "No Fim do Mundo", onde os moradores de uma casa precariamente equilibrada enfrentam o caos diário, os nossos pequenos espectadores são convidados a refletir sobre o papel da arquitetura no nosso dia-a-dia. Com personagens como o Rapaz Bolota, que descobre um novo mundo a partir da floresta, ou Aleksander, o último tricotador de uma aldeia flutuante, estas curtas-metragens ajudam a promover uma sensibilidade espacial, emocional e ecológica desde cedo.

  

15 outubro

quarta . 21:00

público em geral

Bruno Pernadas

 “It’s all true” de Orson Welles

 cine-concerto

  "It´s All True é um filme inacabado de Orson Welles que apresenta três narrativas distintas, filmadas na América do Sul. O cine-concerto centrar-se-á sobre uma delas – “Quatro Homens Numa Jangada” – que retrata a história verídica de quatro pescadores que, numa jangada, viajaram ao longo de 1600 milhas da costa brasileira, do Ceará até ao Rio de Janeiro, para pedir ajuda para a sua gente. Para o filme, Orson Welles chamou os quatro homens, entretanto transformados em heróis, para representarem os respectivos papéis no contar da história em que foram protagonistas. Um acidente durante as filmagens levou à morte do líder desta acção, o que, associado a problemas financeiros dos estúdios, fez com que o projecto fosse cancelado e se tornasse para sempre um filme-fantasma que assombrou Orson Welles.

 Título Original: It’s All True (EUA/Brasil, 1942, 50 min)

Classificação: M/6

 Ficha Artística

Bruno Pernadas – guitarra eléctrica

Margarida Campelo – teclados e voz

Luís Candeias - bateria

Pedro Pinto – contrabaixo

   


15 outubro

quarta . 22:30

público em geral

 cinema

Um coração selvagem

de David Lynch

 Título original: Wild at Heart (EUA, ficção, 1990, 125 min)

Classificação: M/16

 Sailor Ripley (Nicolas Cage), um fanático de Elvis Presley, de 23 anos, acabado de sair da prisão em liberdade condicional, e a sua dedicada namorada Lula (Laura Dem), de 20, entram pelo Sul profundo norte-americano numa fuga desesperada. Os dois tentam escapar principalmente da psicótica mãe de Lula, Marietta Pace Fortune (Diane Ladd, nomeada para o Óscar de melhor actriz secundária), que se recusa a ver a filha com o homem que anos antes a rejeitou. Mas no decorrer da viagem, os dois enamorados vão descobrindo que o mundo é um sítio perigoso..."Coração Selvagem" é a umahistória de amor imaginada por Lynch, que a descreveu como uma comédia violenta; um "road movie" em homenagem ao pioneiro do género, "O Feiticeiro de Oz". Vencedor da Palma de Ouro, em Cannes.


Ritmos de Vida Pina Polar Cia (Polónia) e Kamala Teatro (Portugal) | Teatro Narciso Ferreira


Residências Artísticas

TNF & INAC Instituto Nacional de Artes de Circo

 - 10 outubro

sexta . 10:30

sessão mediação

 - 11 outubro

sábado . 16:00

sessão para famílias

 - espetáculo + conversa

circo contemporâneo

M/8 . duração 40'

  Mediação: Entrada livre sujeita à inscrição prévia via tnf@famalicao.pt

Público Geral: 2 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 1 Euro.

 Ficha Artística:

Elenco: Pina Polar, Andreia Moreira e José Pedro Lima

Direção: John Mowat

Assistente de direção: Samuel Meyler

Coreografia: Caterina de Viti

Desenho de máscaras: Luís da Silva e Allena Svoboda

Desenho de Som: José Pedro Lima

Técnica de Som: Evelyne Mussons

Cenografia: Allena Svoboda

Produção: Evelyne Mussons e Pina Polar Company

Apoio: Fundação GDA

Coprodução: Teatro Narciso Ferreira, INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo

 

No âmbito da parceria estratégica com a Plataforma de Artes Performativas de Famalicão “SOBRE O PALCO”, o TNF iniciou em 2023, um projeto de Residências Artísticas Nacionais e Internacionais com o INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo, proporcionando um espaço de criação para artistas emergentes e fomentando o diálogo da estética do circo contemporâneo com a comunidade local.

 

Ritmos de Vida é um dueto poético entre Pina Polar e Andreia Moreira, que funde o circo contemporâneo, movimento e humor, acompanhado pela música ao vivo do guitarrista José Pedro Lima.

“Mulher idosa de espírito inquebrável, confronta a sua própria mortalidade. Num cenário de objetos simbólicos e ritualísticos que se tornam portais para reflexões profundas. Duas palhaças tornam os temas fortes mais acessíveis, para nos fazer pensar e rir.”

 

Nascida na Polónia, Pina Polar tem habilidades em artes circenses, palhaço e atuação através de cursos intensivos e masterclasses na Europa central e América do Sul. É formada em filosofia na Universidade de Nicolau Copérnico em Toruń, Polónia em 2010. A partir de 2010 Pina passou a viver e a criar em Berlim.

 

Andreia Moreira é uma artesã das emoções, pelas que navega como criadora, clown, atriz, performer, encenadora e formadora. Desde a Cia. Kamala Teatro oferece o seu trabalho e serviço para o enraizamento na consciência desde o humor, o encontro e a criação desde 2018, em festivais, salas, retiros e onde haja vontade de criar.

 

José Pedro Lima, guitarrista de Viana do Castelo, formou-se em Guitarra Clássica na ESMAE e especializou-se em guitarra flamenca em Sevilha. Atua regularmente como guitarrista acompanhador de baile e cante flamenco. Colabora em projetos musicais como Lucas Maia, Chico da Tina, Fado Violado, entre outros.

Teatro Narciso Ferreira | Outubro


 

Cartografia Sonora Imaginária |Tteatro Narciso Ferreira.

 



Companhia de Música Teatral

 4 outubro, sábado

18:00

M/6

Duração: 60’

cruzamentos disciplinares

Entrada: 4 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 2 Euros

Cartografia Sonora Imaginária (CSI) é uma experiência artística que procura transportar o espectador para um “mundo” onde a música e a imagem se fundem num discurso de memórias, reminiscências, reverberações, especulações, provocações que se “constroem” ao vivo e em tempo real, num palco que é mais do que isso: janela, miradouro, telescópio, microfone, câmara de ressonância, pincel de perscruta. A ideia de “paisagem” é um ponto de partida conceptual, mas a proposta não é a de replicar ou evocar o real, quer em termos sonoros quer imagéticos. Pelo contrário, pretende-se criar uma “sonovisão” abstrata que deambula entre texturas, numa procura de relações coerentes mas profundamente subjetivas.

Um exercício poético, com “pés na terra e cabeça nas nuvens” ou se calhar ao contrário. O espetáculo Cartografia Sonora Imaginária organiza-se como um conjunto de “quadros” ou “mapas” autónomos, cada um com a sua identidade própria mas cuja concretização é única porque se baseia no que os “performers” sentem, ouvem, observam durante o ato de “esboçar” esses “lugares imaginários”.

 Ficha técnica:

Conceção: Companhia de Música Teatral

Coprodução: Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão

Intérpretes: Jorge Graça, Paulo Maria Rodrigues

Espaço cénico: Miguel Ferraz, Paulo Maria Rodrigues

Desenho de luz: Élio Moreira

Direção artística: Paulo Maria Rodrigues

Gestão de Projeto: Céu Santos

Assessoria financeira: Artur Silva

Coordenação Geral: Helena Rodrigues  

Design de comunicação: Mafalda Maia

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Gisela João - Inquieta | Casa das Artes de Famalicão

 

Gisela João - Inquieta

24 de Outubro |Sexta-feira | 21h30| Grande Auditório

Entrada:  15 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir dos 65 anos): 7,5 Euros

Música

M/6

Duração: 70 min

 Gisela João, uma das vozes mais impactantes de Portugal, apresenta "Inquieta", um álbum e espetáculo que celebram a liberdade e a memória coletiva. Com interpretações únicas de temas de José Afonso, José Mário Branco, Fernando Lopes-Graça e outros ícones culturais, Gisela alia a força da sua voz inconfundível a uma abordagem artística que equilibra respeito pela tradição e inquietação criativa. Acompanhada por Carles Rodenas Martinez (guitarras) e Luís "Twins" Pereira (teclados), dá nova vida a este repertório intemporal, num concerto poderoso e emotivo. Com 12 anos de carreira, Gisela João continua a afirmar-se como uma referência cultural, reconhecida pelo público e pela crítica pela sua autenticidade e pela forma como transforma arte em mensagens universais.

 Artista: Gisela João

Teclado: Luís Pereira

Guitarras: Carles Rodenas Martinez

Diretor Técnico: Luís Bastos

Técnico de Som: Álvaro Ramos

Road Manager: Giovanna Lucas

 

Licence to Sing, The Songs from 007 | Casa das Artes de Famalicão

 


Licence to Sing, The Songs from 007

(com a Orquestra Sinfónica da ARTAVE)   18 de Outubro (21h45, GA)

 “Licence to Sing – The Songs from 007” promete uma viagem musical pelos grandes temas dos filmes de James Bond. Com mais de 60 anos de história, as músicas de 007 foram interpretadas por ícones como Shirley Bassey, Paul McCartney, Tina Turner, Madonna, Duran Duran, Garbage, entre outros. Goldfinger, Tomorrow Never Dies, Live and let die, Licence to kill, Goldeneye, Skyfall, No Time to die, Diamonds are forever são bons exemplos de algumas das canções inesquecíveis de 007. Esta produção inédita, crida por Renato Júnior, conta com seis grandes vozes portuguesas —Rita Redshoes, Mimicat, Diana Silveira, Rita Rice, Tó Cruz e David Pessoa — acompanhadas nesta ocasião única pela Orquestra Sinfónica da ARTAVE. A produção multimédia imersiva levará o público a mergulhar no universo e no glamour de James Bond.

 Classificação: M/6

Duração: 75 min

BRUNO PERNADAS – It’s all true de Orson Welles | Teatro Narciso Ferreira

 
BRUNO PERNADAS – It’s all true de Orson Wellescine-concerto15 de Outubro (21h00, Teatro Narciso Ferreira)

 "It´s All True é um filme inacabado de Orson Welles que apresenta três narrativas distintas, filmadas na América do Sul. O cine-concerto centrar-se-á sobre uma delas – “Quatro Homens Numa Jangada” – que retrata a história verídica de quatro pescadores que, numa jangada, viajaram ao longo de 1600 milhas da costa brasileira, do Ceará até ao Rio de Janeiro, para pedir ajuda para a sua gente. Para o filme, Orson Welles chamou os quatro homens, entretanto transformados em heróis, para representarem os respectivos papéis no contar da história em que foram protagonistas. Um acidente durante as filmagens levou à morte do líder desta acção, o que, associado a problemas financeiros dos estúdios, fez com que o projecto fosse cancelado e se tornasse para sempre um filme-fantasma que assombrou Orson Welles.

 

Título Original: It’s All True (EUA/Brasil, 1942, 50 min)

Classificação: M/6

 

Bruno Pernadas – guitarra eléctrica

Margarida Campelo – teclados e voz

Luís Candeias - bateria

Pedro Pinto – contrabaixo

DEAN HURLEY – Through This World | Casa das Artes de Famalicão

 


DEAN HURLEYThrough This World 11 de Outubro (21h45, GA)

 Designer de som e compositor norte-americano, Dean Hurley adquiriu notoriedade através da parceria com o realizador David Lynch. Hurley geriu o Asymmetrical Studio de Lynch durante uma década e meia, onde colaborou intensamente com o som e a música de vários projetos cinematográficos, comerciais e álbuns musicais do cineasta. Hurley desempenhou as funções de supervisor de som e música na terceira temporada da aclamada série televisiva Twin Peaks, que Lynch realizou, contribuindo também com música original para a série. O trabalho de Hurley deambula entre a composição musical e o som atmosférico para filmes. A sua abordagem sonora singularmente experimental estabelece uma tapeçaria em paisagens que combinam loops, samples e registos em ambientes naturais e urbanos. Em Through This World, Dean Hurley apresenta-se num espetáculo ao vivo, em estreia em Portugal, para revelar a assinatura do seu som e as metodologias que usa em estúdio, envolvido num cuidado espaço cénico.

 Classificação: M/6

Duração: 80 min

CLOSE-UP: Domicílio Conjugal 10.º episódio do Observatório de Cinema: 11 a 18 de outubro | Casa das Artes de Famalicão

 



As edições anteriores gravitaram em torno de motes, de lugares, de tempo e de memórias, para chegarmos a um espaço peculiar, ao domicílio conjugal, lugar de começos, encerramento ou retoma, um espaço interior e de intimidade, mas também um lugar de disputa, de olhos apontados ao mundo exterior, de questionamento das relações humanas. 

Em destaque no palco do Close-up, os cine-concertos, lugares de cruzamento da música com o cinema: na abertura, assistiremos à estreia em Portugal de Dean Hurley, colaborador próximo do trabalho de David Lynch, dentro e fora dos filmes, na apresentação de Through This World; a meio da semana, no Teatro Narciso Ferreira, Bruno Pernadas (com banda) revelará It’s All True, um documentário de Orson Welles, rodado no Brasil, agora resgatado; a encerrar o programa, as melodias e as canções de James Bond, em Licence to Sing, The Songs from 007.

São diversos os domicílios conjugais que preenchem as Paisagens Temáticas: um casal de Jonas Trueba, num processo de divórcio abençoado pelas comédias de recasamento em Hollywood, em Volveréis; o reencontro de um par, em A Vida Entre Nós, a diluir os processos do tempo, numa cidade junto ao mar, no oeste de França; numa praia remota da Nova Zelândia, O Piano de Jane Campion, com Holly Hunter entre o marido Sam Neil e o vizinho Harvey Keitel; numa Nova Iorque simulada nas ruas de Londres, a obra derradeira de Stanley Kubrick, De Olhos Bem Fechados, que junta Nicole Kidman e Tom Cruise, um par que também o era fora da grande tela; em Ossos e Nomes, um escritor e um actor trazem para o domicílio conjugal as tensões da escrita de um romance e dos ensaios para um filme em construção; em Las Vegas, duas mulheres desafiam o mundo, a lei e o crime, em Amor e Sangue.

Desaparecido no início deste ano, David Lynch receberá uma homenagem nas Histórias do Cinema, traduzida na exibição de um ciclo de seis longas-metragens, que será ampliado numa das réplicas do Close-up. Além da presença de Dean Hurley, o programa dedicado ao cineasta será completado com a exposição A Estrada Não Tem Fim, numa parceria reiterada com o Museu de Cinema de Melgaço e o espólio deixado por Jean-Loup Passek. À boleia da estreia de Banzo, a protagonista da Fantasia Lusitana é Margarida Cardoso e uma filmografia de 25 anos orientada pelas heranças coloniais, num programa que incluirá uma masterclasse da cineasta. 

Colocado no coração do Close-up, a relação com a comunidade escolar, e a formação dos espectadores do futuro, ocupa um lugar de destaque nesta décima edição, em sessões divididas pelos auditórios do Teatro Municipal e por sessões nas escolas. Em diálogo com o restante programa, haverá ficção, animação, documentário e oficinas, com propostas para todos os escalões de ensino, do primeiro ciclo ao ensino superior de cinema.

O Café Kiarostami será um lugar na órbita do cinema (e da televisão), com as masterclasses de Dean Hurley e de Edgar Medina, além das bandas sonoras, que estenderão as noites de abertura e fecho, sob a influência das estradas perdidas de Lynch. As propostas para Famílias, juntam Elio, que celebra 30 anos de animações da Pixar, aos renovados Looney Tunes: Daffy e Porky salvam o mundo, com espaço ainda para uma oficina de Teatro de Sombras, uma imagética que predestinou o cinema.

Um programa vasto, de mais de 30 sessões em oito dias. Um panorama intenso, mas que concede tempo ao diálogo entre filmes, assentes em diversas leituras e abordagens que decorrem da seleção de filmes e do encontro com o público, amplificado pela singularidade das apresentações das sessões, numa festa do cinema que ambiciona dialogar com toda a comunidade, com todos os públicos.


DESTAQUES

Cine-concertos

Nas sessões de abertura e fecho e na passagem pelo Teatro Narciso Ferreira, o Close-up mostra propostas de cruzamento entre as imagens em movimento e a música: a estreia em Portugal de Dean Hurley, colaborador de David Lynch, Bruno Pernadas a reencontrar Orson Welles e a herança das melodias e das canções de James Bond, em Licence to Sing, The Songs from 007.

 DEAN HURLEYThrough This World 11 de Outubro (21h45, GA)

 Designer de som e compositor norte-americano, Dean Hurley adquiriu notoriedade através da parceria com o realizador David Lynch. Hurley geriu o Asymmetrical Studio de Lynch durante uma década e meia, onde colaborou intensamente com o som e a música de vários projetos cinematográficos, comerciais e álbuns musicais do cineasta. Hurley desempenhou as funções de supervisor de som e música na terceira temporada da aclamada série televisiva Twin Peaks, que Lynch realizou, contribuindo também com música original para a série. O trabalho de Hurley deambula entre a composição musical e o som atmosférico para filmes. A sua abordagem sonora singularmente experimental estabelece uma tapeçaria em paisagens que combinam loops, samples e registos em ambientes naturais e urbanos. Em Through This World, Dean Hurley apresenta-se num espetáculo ao vivo, em estreia em Portugal, para revelar a assinatura do seu som e as metodologias que usa em estúdio, envolvido num cuidado espaço cénico.

 Classificação: M/6

Duração: 80 min

  BRUNO PERNADAS – It’s all true de Orson Wellescine-concerto15 de Outubro (21h00, Teatro Narciso Ferreira)

 "It´s All True é um filme inacabado de Orson Welles que apresenta três narrativas distintas, filmadas na América do Sul. O cine-concerto centrar-se-á sobre uma delas – “Quatro Homens Numa Jangada” – que retrata a história verídica de quatro pescadores que, numa jangada, viajaram ao longo de 1600 milhas da costa brasileira, do Ceará até ao Rio de Janeiro, para pedir ajuda para a sua gente. Para o filme, Orson Welles chamou os quatro homens, entretanto transformados em heróis, para representarem os respectivos papéis no contar da história em que foram protagonistas. Um acidente durante as filmagens levou à morte do líder desta acção, o que, associado a problemas financeiros dos estúdios, fez com que o projecto fosse cancelado e se tornasse para sempre um filme-fantasma que assombrou Orson Welles.

 Título Original: It’s All True (EUA/Brasil, 1942, 50 min)

Classificação: M/6

 Bruno Pernadas – guitarra eléctrica

Margarida Campelo – teclados e voz

Luís Candeias - bateria

Pedro Pinto – contrabaixo

 Licence to Sing, The Songs from 007

(com a Orquestra Sinfónica da ARTAVE)   18 de Outubro (21h45, GA)

 “Licence to Sing – The Songs from 007” promete uma viagem musical pelos grandes temas dos filmes de James Bond. Com mais de 60 anos de história, as músicas de 007 foram interpretadas por ícones como Shirley Bassey, Paul McCartney, Tina Turner, Madonna, Duran Duran, Garbage, entre outros. Goldfinger, Tomorrow Never Dies, Live and let die, Licence to kill, Goldeneye, Skyfall, No Time to die, Diamonds are forever são bons exemplos de algumas das canções inesquecíveis de 007. Esta produção inédita, crida por Renato Júnior, conta com seis grandes vozes portuguesas —Rita Redshoes, Mimicat, Diana Silveira, Rita Rice, Tó Cruz e David Pessoa — acompanhadas nesta ocasião única pela Orquestra Sinfónica da ARTAVE. A produção multimédia imersiva levará o público a mergulhar no universo e no glamour de James Bond.

 Classificação: M/6

Duração: 75 min

 Sessões para Famílias

Animação e oficinas são as propostas do Close-up para as famílias: a celebrar os trinta anos de produção de Toy Story, a Pixar transporta-nos na imaginação interplanetária de Elio; da era de ouro da animação americana, com um património quase centenário, chegam os renovados Looney Tunes: Daffy e Porky salvam o mundo; e uma oficina de Teatro de Sombras, uma imagética que predestinou o cinema.

 

ELIO de Adrian Molina , Domee Shi , Madeline Sharafian (versão portuguesa) _ 12.Out (15h00, GA)

Título original: Elio (EUA, animação, 2025, 95 min)
Classificação: M/6

A Pixar está de volta com uma aventura passada no espaço. Elio é um miúdo de 11 anos com uma imaginação muito activa e que é um grande fã do espaço. Um dia, é confundido com o líder da terra e transportado para uma organização interplanetária onde terá de comunicar com todo o tipo de alienígenas. A realização está a cargo Adrian Molina, co-realizador de “Coco”, Domee Shi, responsável pela curta “Bao” e “Turning Red: Estranhamente Vermelho”, bem como a estreante Madeline Sharafian, que trabalhou com os dois colegas antes: em “Coco” fazia parte do departamento de arte e em “Turning Red” esteve envolvida na animação.

 

Looney Tunes: Daffy e Porky salvam o mundo de Pete Browngardt (versão portuguesa) _ 18.Out (11h00, PA)

Título original: The Day the Earth Blew Up: A Looney Tunes Movie (EUA, animação, 2024, 90 min)
Classificação: M/6

Porky e Daffy Duck são heróis improváveis e a única esperança da Terra perante a ameaça de uma invasão alienígena. A dupla Daffy Duck e Porky Pig regressam ao cinema numa comédia animada e alucinante. Combinando piadas e desastres que só os Lonney Toons são capazes de fazer, Daffy, Porky e Petúnia, uma nova amiga, tentam salvar o mundo de uma terrível ameaça.

 Teatro de Sombras baseado no conto Japonês 18 de Outubro (15h00, sala de ensaios)

 Baseado num conto Japonês, iremos imaginar o mundo através de personagens oriundas de culturas e tradições diferentes. Vamos criar os seus corpos em silhueta e contar a história através da manipulação de marionetas que reflectem sombras. No fim desta oficina faremos um mini teatro!

SOL´TA / Beniko Tanaka - Os projetos da SOL´TA são trabalhos interculturais de teatro de sombras ou de outra forma artística visual, com o objetivo de criar um ponto de conhecimento/encontro que conecte as diferentes histórias e hábitos culturais. O nome “SOL´TA” vem da ideia de um projeto que anda lenta mas firmemente, como uma TArtaruga caminhando devagar na praia em direção ao SOL. Uma imagem que quer representar a junção espiritual e idílica da mistura de Portugal e Japão.

Máximo: 20 participantes
Público-alvo: famílias (crianças e adolescentes acompanhados por familiares)
Duração: 2h30

Inscrições: bilheteira.casadasartes@famalicao.pt

terça-feira, 16 de setembro de 2025

O Salvado de Olga Roriz | Casa das Artes de Famalicão

Dança

10 de outubro | Sexta-feira | 21h30| Grande Auditório

Entrada:  6 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir dos 65 anos): 3 Euros

M/12

Duração: 70 m

Com o título O Salvado, este espetáculo nasce de uma interrogação ainda em aberto, de uma intenção por descobrir. Como quem resiste a um naufrágio, pergunta-se: o que se consegue salvar da catástrofe? Que vestígios permanecem depois da tempestade? O que pode ainda preservar uma existência de sete décadas? O que ficou agarrado ao corpo e ao tempo, e o que se pode finalmente desprender para se tornar matéria, memória, presença? O que não morreu ainda nela? E do que conseguiu, afinal, libertar-se? Que corpo é este agora? Que histórias restam para contar? Ao longo de um ano e seis residências artísticas, foi tecendo um percurso que agora se revela numa topografia do tempo — um mapa de gestos, imagens, vestígios e palavras que traça o caminho. O tempo da lembrança e do esquecimento entrelaçam-se, lutam entre si. O que se projeta no futuro avança sem cessar. E é dessa matéria — dessa urgência de existir entre o que se lembra e o que se perde, entre o que foi e o que ainda poderá ser — que nasce a necessidade de se reinventar.

 Direção, Interpretação, Textos e Escolha Musical: Olga Roriz

Banda sonora e Vídeo: João Rapozo

Cenografia: Eric Costa

Figurinos: Bárbara Felicidade

Desenho de luz: Cristina Piedade

Curadoria de Texto: Sara Carinhas

Direção vocal: João Henriques

Preparação vocal: Rita Silva

Concepção musical para guitarra: Vítor Rua

Assistente de criação: André de Campos

Assistência de ensaios: Amália Santos

Assistência de cenografia: Pedro Sousa

Direção técnica Operação de luz e vídeo: João Chicó

Desenho, Montagem e Operação de Som: Sérgio Milhano/ PontoZurca

Assistente de Som: Vasco Albano

Coprodução Teatro Nacional São João, Teatro Aveirense, Cineteatro Louletano e São Luiz Teatro Municipal

Residências Teatro Aveirense, Arquipélago . Centro de Arte Contemporânea - Açores, Centro Cultural de Lagos, Teatro Municipal de Ourém, Love Affairs Basement - Londres

 

 

COMPANHIA OLGA RORIZ

Direção: Olga Roriz

Direção de Produção: António Quadros Ferro

Produção Executiva: João Pissarra

Gestão: Georgina Pires

Administração (residências, formação e instalações): Nuno Afonso
Coordenação: Corpoemcadeia Catarina Câmara

Assistente Pedagógico: Yonel Serrano

 

A Companhia Olga Roriz é uma estrutura financiada pela Direção-Geral das Artes | Ministério da Cultura e conta ainda com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores, da Câmara Municipal de Lisboa, Fundação “La Caixa” – BPI, Sociedade Portuguesa de Autores e da PLMJ.