quinta-feira, 18 de maio de 2017

COSÌ FAN TUTTE | Ópera na Casa das Artes.


COSÌ FAN TUTTE (ossia La scuola degli amanti)

Música WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791) K. 588 | Libreto LORENZO DA PONTE. Corodução OperaNorte/Ópera Estúdio da ESMAE/Pós-graduação em Ópera e Estudos Músico-teatrais
Ópera
27 de maio | sábado | 21h30| grande auditório
Entrada:  10 EUROS/ Estudantes e Cartão Quadrilátero Cultural: 5 Euros
M/6
Duração: 150 min (tem intervalo 15 min)
Così fan Tutte surgiu de uma encomenda do Imperador Joseph II, após uma apresentação bem sucedida de As Bodas de Figaro, em Agosto de 1789. Contou com argumento original de Lorenzo da Ponte, embora os elementos da história pudessem já ser encontrados em obras literárias anteriores. O primeiro ensaio foi feito no apartamento de Mozart, em 31 de Dezembro, rápidamente mudando-se (Janeiro) para o teatro, muito provavelmente com Joseph Haydn no auditório. A ópera estreou no Burgtheater de Viena, em 26 de Janeiro de 1790, decorrendo somente cinco apresentações antes que o luto pela morte de Joseph II fechasse os teatros em Fevereiro. A produção teve a sua segunda estreia em Junho, com outras cinco apresentações. Subsequentemente, Così fan Tutte viaja pela Alemanha, com tradução em alemão, nas quais a “imoralidade”, percebida na história, levou a alterações acentuadas no enredo. Em algumas versões as mulheres sabem do plano e elaboram a sua vingança. Hoje, a forma original da ópera é uma peça que faz parte da programação regular nos teatros de ópera em todo o mundo. Classificada, em diversas ocasiões, como uma “ópera geométrica”, tanto musical, pela disposição das suas árias, como pelo argumento: dois pares, frente a frente, Ferrando e Dorabella, Guglielmo e Fiordiligi. Mozart consegue resultados excelentes sem a necessidade de recorrer a tantos recursos, como n’As Bodas, ou no Don Giovanni. É, sobretudo, uma ópera que escrita para divertir plateias e, como tal, tem os seus méritos. Não é, segundo a maioria dos críticos, uma obra-prima, nem era essa a real intenção do compositor austríaco. Apesar disso, Così é, das suas obras, a que apresenta algumas das mais belas árias e o maior número de “cenas de conjuntos”, duos, tercetos e quartetos.

Texto dos Encenadores António Durães e Cláudia Marisa

Preâmbulo - Poderá o amor sobreviver a uma ardilosa aposta, executada num momento angustiado? Sobreviverão os amores de verão a um inverno rigoroso? Ou será que o tempo estival é tão volátil que o Inverno rapidamente o arrefece.

Primeiro Andamento - Contemplemos prudentemente aquelas criaturas apaixonadas, naquele Agosto de mil novecentos e troca o passo. Será que se encontrarão de novo quando o inverno chegar? Ou, caso se reencontrem, um ano depois, ver-se-ão da mesma forma? Imaginemos que sim; mas a consequência daquele reencontro será sempre o resultado do desencontro nos restantes onze meses do ano.

Segundo Andamento: Don Alfonso, um “encenador” com poder, dinheiro, tempo e muito tédio, entretém-se com dois jovens apostando com eles a sua reputação, a sua honra e a sua glória. Acredita que, perante um forte revés, as suas respetivas amadas rapidamente farão resvalar os seus corações juvenis para outras dunas e para outras experiências amorosas.

Um dia quente de praia bastará para que tudo se resolva, acredita. Os dois jovens, militares de um exército em exercício permanente, aceitam a aposta. Provarão que não é assim, e que os seus amores sobreviverão a tempestades plantadas nas suas vidas. No entretanto, ocuparão uma parte do seu tempo, divertir-se-ão e ganharão, para além disso, uma aposta a um “encenador” desocupado... Don Alfonso. Tudo se passará sobre as areias escaldantes da praia. O fim (in)esperado chegará inevitavelmente.

Ficha técnica:

Direção Artística                  António Salgado

Direção Musical                   José Marques

Supervisão Musical                            António Saiote

Assistente de Direção                        Georgina Sánchez Torres 

Encenação                                            António Durães e Cláudia Marisa

Cenografia                                            Ricardo Preto

Figurinos                                              Hugo Bonjour

Assistente de Figurinos                      Letícia dos Santos

Designer de luz                    Rui Damas e Fernando Coutinho

Vídeo e Som                                         José Prata e João Sousa

Foto                                                       Vitória Meneses

Design Gráfico                                     Ricardo Preto/Pedro Serapicos

Direção de Cena                  Mariana Barros e Sofia Peralta

Produção                                              António Salgado, Regina Castro, Joel Azevedo, Sofia Peralta, Carlos Azevedo

Fiordiligi (soprano)                             Sílvia Sequeira/Ana Leite

Dorabella (soprano)                           Ana Santos/Adriana Romero

Don Alfonso (barítono)                      Carlos Meireles/Ricardo Rebelo

Despina (soprano)                              Ana Leite /Sofia Vinhas

Ferrando (tenor)                 André Lacerda/Almeno Gonçalves

Guglielmo (baixo)                               Luís Pereira/Ricardo Rebelo

Orquestra                                             Sinfonieta da ESMAE

Coro                                                      Ópera Estúdio da ESMAE

Cravo/Correpetição                           Luís Duarte

Co-Produção                                        OperaNorte/Ópera Estúdio da ESMAE/Pós-graduação em Ópera e Estudos Músico-teatrais

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