Cinema no Pequeno Auditório _ Cineclube da Joane _ sessões às 19h00
3 – Pinóquio de Matteo Garrone
Gepetto, um velho marceneiro sem
filhos, esculpe um boneco de madeira a que dá o nome de Pinóquio. O boneco, que
subitamente ganha vida, tem uma personalidade doce mas muito marota, que o faz
estar constantemente em fuga e metido em sarilhos. Para seu desgosto e azar,
sempre que mente, o nariz de Pinóquio cresce, o que, naturalmente, lhe traz
grandes transtornos e algumas humilhações. Apesar da orientação da Fada
Madrinha, que lhe tenta incutir algum discernimento, e do amor incondicional de
Gepetto, o espírito curioso do bonequinho fá-lo embarcar nas perigosas
aventuras que serão aqui contadas. O italiano Matteo Garrone
("Dogman", "Gomorra") realiza esta adaptação ao cinema do
famoso conto de Carlo Collodi (1826-1890), desta vez em acção real, sobre um
pequeno boneco de madeira que ganha vida e sonha tornar-se um menino de
verdade.
Título
original: Pinocchio (Itália, 2019, 125 min.)
Realização: Matteo Garrone
Interpretação: Federico Ielapi, Roberto Benigni, Rocco Papaleo, Massimo
Ceccherini
Classificação: M/12
Pinocchio is a 2019 Italian film, directed by Matteo Garrone, and based
on the 1883 book The Adventures of Pinocchio by Italian author Carlo Collodi]
The film stars child actor Federico Ielapi as the title character and Roberto
Benigni as Mister Geppetto,
10 – A
VOZ DA LUA de Federico
Fellini (Já
Não Há Cinéfilos?! – Fellini, os lugares da Memória)
Inspirado
em "O Poema do Lunático", de Ermano Cavazzoni, que também é co-autor
do guião, este é o derradeiro filme de Federico Fellini, que viria a morrer em
1993. Com o actor cómico Roberto Benigni no papel principal, centra-se num
homem acabado de sair de um manicómio e na forma deslumbrada como vê o mundo,
fixando-se numa mulher cuja beleza equipara à Lua. Pelo caminho, vai
encontrando várias personagens estranhas. Os média, em especial a televisão, o
populismo e uma visão surrealista da sociedade italiana da altura que ainda
hoje encontra ecos, são alguns dos focos deste filme.
Título
original: La Voce della Luna (Itália, 1990, 120 min.)
Realização: Federico Fellini
Interpretação: Roberto Benigni, Paolo Villaggio, Nadia Ottaviani
Classificação: M/12
The Voice of the Moon is a 1990 Italian film directed by Federico
Fellini and starring Roberto Benigni. Based on the novel Il poema dei lunatici
by Ermano Cavazzoni, and revisiting themes Fellini first explored in La strada
(1954).
17 – O
Ano da Morte de Ricardo Reis de João Botelho
Depois de 16 anos a viver no
Brasil, Ricardo Reis chega a Lisboa, debaixo de chuvas torrenciais, no dia 29
de Dezembro de 1935. Instalado no Hotel Bragança, na Rua do Alecrim, assiste ao
desenrolar de um tempo particularmente sombrio na Europa, marcado pelos
horrores do fascismo de Mussolini, pelos ideais nazis de Hitler, pela terrível
Guerra Civil espanhola e, em Portugal, pelo autoritarismo salazarista do Estado
Novo. Depois de uma visita à sepultura de Fernando Pessoa (Reis é, na
realidade, uma personagem surgida da heteronímia de Pessoa), o fantasma do
poeta faz uma série de aparições no quarto de Reis onde, durante meses, ambos
se perdem em reflexões sobre a vida, o país e o mundo. Escrito em 1984, por José Saramago, prémio Nobel da literatura em 1998,
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” é agora adaptado ao cinema por João Botelho
("A Corte do Norte", "Filme do Desassossego", "Os
Maias" ou “Peregrinação”). Com o brasileiro Chico Díaz a encarnar Ricardo
Reis e Luís Lima Barreto a assumir o papel de Fernando Pessoa, o elenco conta
também com a participação de Catarina Wallenstein, Rui Morisson, Victoria
Guerra, Marcello Urgeghe e Hugo Mestre Amaro.
Título
original: O Ano da Morte de Ricardo Reis (Portugal, 2020, 125 min)
Realização: João Botelho
Interpretação: Victoria Guerra, Catarina Wallenstein, Luís Lucas, Marcello
Urgeghe, Luísa Cruz
Classificação: M/14
An adaptation
of Jose Saramago novel, O Ano da Morte de Ricardo Reis, in a portuguese film
directed by João Botelho.
24 – Da
Eternidade de Roy Andersson
(sessão
Traz Outro Amigo Também)
Neste filme, todos os
acontecimentos têm a mesma gravidade, sejam pequenos episódios da vida de
pessoas comuns, sejam grandes eventos que marcam a História. Em "Da
Eternidade", um casal observa uma cidade devastada pela guerra; um pai
pára para apertar os atacadores dos sapatos da filha a caminho de uma festa;
adolescentes dançam à porta de um café; um exército derrotado marcha para um
campo de prisioneiros de guerra; e um sacerdote questiona a sua fé. Tudo é
reflexo da fragilidade humana. Tudo é, simultaneamente, trivial e
grandioso. Em competição no Festival de Cinema de Veneza, onde recebeu o Leão de
Prata para Melhor Realizador, um filme melancólico sobre a vida, o amor e a
morte, com assinatura do aclamado cineasta sueco Roy Andersson (que, em 2014,
arrecadou o Leão de Ouro pelo filme "Um Pombo Pousou Num Ramo a Reflectir
na Existência").
Realização: Roy Andersson
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