Exposição Pintura de Fernanda Seles
De 11 de Janeiro a 28 de Fevereiro no foyer da Casa das Artes
Através da minha Pintura, Desenho e Escultura, tento focar a memória de lugares, a procura de caminhos a percorrer, a descoberta de mim própria e por consequência as mulheres em geral.
A maioria das minhas imagens estão relacionadas com o corpo da mulher, no entanto a natureza também se encontra profundamente integrada no ethos do meu trabalho numa dualidade sempre presente, onde tento desenvolver uma aproximação radical ao problema, dos limites entre a pintura e a escultura.
A minha relação com a natureza, as impressões das caminhadas, pessoas, associação de elementos naturais e artificiais, estão todos representados através das marcas e materiais usados no meu trabalho.
A montanha tem várias conotações, todas elas relevantes para uma compreensão mais profunda das minhas imagens. Através da História, esta era um lugar sagrado de comunicação com Deus e num contexto alquímico, a montanha, era considerada ser a origem da “prima matéria”, da essência da vida. Quando relacionada com o corpo da mulher, esta torna-se um refúgio, um lugar de restrição.
O barro, o fogo, a areia, a palha, o vidro, o metal, os pedaços de árvore, as folhas, as marcas, as impressões, a água, os sons, a névoa, as palavras, são elementos naturais unidos em estruturas de sentimentos e realidades onde se junta também o mágico e o mistério.
Através dos caminhos percorridos na minha obra, na minha vida, neste dois mundos onde me movimento, num entrelaçar diário dos dois países que se tornaram a minha vida, onde a magia da memória perdura e tem as suas raízes… Há um poema de Hilde Domin, que começa mais ou menos assim: “ Devia ser possível partir/ e todavia ser como uma árvore:/ as raízes na terra/ a paisagem à volta a passar e ficar-se preso…”
As raízes na terra. Ao partir descobri uma nova harmonia de viver e a certeza de que em qualquer lugar do mundo, a caminhada pela vida fora devia ser a conquista do encontro comigo própria.
“A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes, o que vemos não é o que vemos, mas o que somos”… Estas frases do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, estão sempre comigo e facilmente as encontro dentro de mim, quando as quero procurar nos caminhos a percorrer.
Fernanda Seles
A maioria das minhas imagens estão relacionadas com o corpo da mulher, no entanto a natureza também se encontra profundamente integrada no ethos do meu trabalho numa dualidade sempre presente, onde tento desenvolver uma aproximação radical ao problema, dos limites entre a pintura e a escultura.
A minha relação com a natureza, as impressões das caminhadas, pessoas, associação de elementos naturais e artificiais, estão todos representados através das marcas e materiais usados no meu trabalho.
A montanha tem várias conotações, todas elas relevantes para uma compreensão mais profunda das minhas imagens. Através da História, esta era um lugar sagrado de comunicação com Deus e num contexto alquímico, a montanha, era considerada ser a origem da “prima matéria”, da essência da vida. Quando relacionada com o corpo da mulher, esta torna-se um refúgio, um lugar de restrição.
O barro, o fogo, a areia, a palha, o vidro, o metal, os pedaços de árvore, as folhas, as marcas, as impressões, a água, os sons, a névoa, as palavras, são elementos naturais unidos em estruturas de sentimentos e realidades onde se junta também o mágico e o mistério.
Através dos caminhos percorridos na minha obra, na minha vida, neste dois mundos onde me movimento, num entrelaçar diário dos dois países que se tornaram a minha vida, onde a magia da memória perdura e tem as suas raízes… Há um poema de Hilde Domin, que começa mais ou menos assim: “ Devia ser possível partir/ e todavia ser como uma árvore:/ as raízes na terra/ a paisagem à volta a passar e ficar-se preso…”
As raízes na terra. Ao partir descobri uma nova harmonia de viver e a certeza de que em qualquer lugar do mundo, a caminhada pela vida fora devia ser a conquista do encontro comigo própria.
“A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes, o que vemos não é o que vemos, mas o que somos”… Estas frases do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, estão sempre comigo e facilmente as encontro dentro de mim, quando as quero procurar nos caminhos a percorrer.
Fernanda Seles
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