segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

WRAYGUNN / SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS

rock/Blues/Soul
7 de Março, sexta-feira, 21h30, Grande Auditório.
Entrada: 8 euros
M/3
Duração 90 m
www.wraygunn.com/
www.myspace.com/wraygunn

Se Eclesiastes 1:11 foi a obra-prima que abriu caminho além fronteiras (foi disco do mês na revista Rock´n´Folk, disco do ano do diário Libération e na revista Épok, em França) , Shangri-La consagrou em definitivo os Wraygunn colocando-os no lugar que merecem. Nos balanços de final de ano, o terceiro álbum da banda de Paulo Furtado é unanimemente considerado o melhor do ano.

Shangri-La, o novo paraíso dos Wraygunn, doseia com mestria soul, gospel, funk, rock e blues apresentando um estupendo conjunto de 13 canções. Não admira que já tenham sido retirados 3 singles do disco: o contagiante Go-go Dancer, o dançável Everything’s Gonna Be Ok e o novo e poderoso Ain´t it nice?.

Mas se o reconhecimento através dos discos só agora foi unânime, há muito que a banda se notabilizou pelas suas poderosas actuações ao vivo não só em solo nacional mas também em palcos europeus. Um concerto dos Wraygunn é como assistir a Lost Highway de David Lynch, é um murro no estômago, é não conseguir reagir a tamanho turbilhão de adrenalina e energia. A banda de Coimbra prepara-se agora para espalhar essa força numa digressão nacional de promoção a Shangri-La.

Os Wraygunn convidaram uma das novas promessas conimbricenses para companheiros de estrada. Chamam-se Sean Riley & The Slowriders e estrearam no passado mês de Outubro Farewell, um disco que prima pela pureza da voz e pela riqueza dos instrumentos em temas intensos sujeitos a arranjos de um sóbrio bom gosto. Uma fabulosa colecção de 11 canções com potencial para se tornarem clássicos, onde se cruzam a folk, o country, o rock e os blues. Um piscar de olhos a nomes como Nick Drake, Devendra Banhart, Leonard Cohen ou Townes Van Zandt, num estilo único no nosso país.
Apesar de estreantes, Sean Riley & The Slowriders têm conquistado plateias nacionais importantes nas primeiras partes que realizaram para Aimee Mann, Violent Femmes e Mark Kozelek.

Tem-se escrito que Coimbra é a capital nacional do rock e isso tem tanto de excessivo como de irreal, mas não restam dúvidas de que em Coimbra há talento! Esse talento vai andar por aí, a passear-se pelas principais salas de espectáculos portuguesas a partir de Fevereiro. Ain’t it nice?

1 comentário:

João Ruivo disse...

Fui ve-los ao S. Mamede e devo ir ve-los outra vez aqui.

Até pq no S Mamede não estavam lá o Sean Riley e os Slowriders.

Pena é ser no Grande Auditório com os lugares sentados e tal...