quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
“O Paraíso” de Miguel Torga
Jangada Teatro
Teatro
9 e 10 Fevereiro, Sexta e Sábado, 21h30, Grande Auditório.
Entrada: 7 euros
M/16
Duração: 100 min
Em 2007 comemora-se os 100 anos de nascimento Miguel Torga
“… o herói é só um: o bicho homem a afirmar a sua liberdade e a perdê-la a seguir, na tentação de solicitações confessionais, ideológicas ou outras. E a sorte que espera todos os figurantes é também sempre a mesma: a perdição total e sem remédio. A danação perpétua a que são condenados os que se deixam envolver no jogo viciado das ficções, a cuidar, pobres coitados, que assumem o seu pessoalíssimo destino. Títeres que a paixão obnubila, e só numa tardia hora de clarividência descobrem que, afinal, mais não fizeram do que viver a vida por procuração.
Miguel Torga
Adão é expulso do paraíso, como resultado da ira de uma qualquer identidade ofendida. Adão representa o símbolo expiatório da condição humana degradada e degredada.
A peça traduz o início de uma via-sacra, em que o autor reconhece ter perdido a graça de não conhecer o mal, deixando de viver de olhos angélicos no seio da natureza. Via-sacra que no seu entender, nunca poderão conhecer “os bem-aventurados que transitam felizes na estrada aprazível que liga a paz temporã das certezas proclamadas à paz serôdia e acabam sempre por ter a mesma sorte: a perdição total e sem remédio. Julgando que na vida assumem o seu pessoalíssimo destino, acabam por descobrir que jamais não fizeram que viver a vida por procuração”.
Texto Miguel Torga
Espaço cénico e encenação Carlos Lamego
Elenco Faria Martins; Luiz Oliveira; Neusa Fangueiro; Patrícia Ferreira; Vítor Fernandes; Xico Alves
Música original Tiago Conceição
Cenografia e Figurinos Ângela C.
Desenho de luz Miguel Ângelo
Luminotecnia e sonoplastia Nuno Tomás
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