segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

AS LÁGRIMAS AMARGAS DE PETRA VON KANT de R.W. Fassbinder

Teatro
28 de Janeiro| Sábado | 21h30| Grande Auditório
Entrada: 12 euros
M/12
Duração: 80 m
No ano em que se assinalam os 40 anos da sua estreia em Darmstadt, a escolha desta peça acontece pela vontade em retirá-la dos anos setenta, onde foi fixada pelo cinema, e revê-la, quarenta anos depois, numa sociedade talvez igual ou talvez diferente. É essa a primeira motivação, testar, ainda sem uma certeza final, as mudanças, e sobretudo testar a profundidade dessas mesmas mudanças. Para o encenador/ realizador António Ferreira, (autor dos premiados filmes Esquece Tudo o que te Disse e Respirar Debaixo d’ Água), As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant é “uma história de amor, de masoquismo, de relações claustrofóbicas, de desespero, sempre no feminino. A história de uma mulher que está a aprender a amar…”.
O espectáculo constitui a primeira incursão de António Ferreira no território da encenação de teatro sendo nuclear o estímulo que o enorme potencial cinematográfico do texto lhe propõe. De destacar ainda a presença na equipa artística de José António Tenente, como o figurinista a quem cabe a recriação do sofisticado e complexo universo da criação de moda que envolve Petra Von Kant.
Com um elenco de excepção, este projecto reforça a colaboração de Custódia Gallego, sua protagonista e actriz de uma versatilidade rara, com o Teatro do Bolhão depois de Vulcão, de Abel Neves, e Ronda Nocturna, de Lars Norén.
Encenação António Ferreira
Figurinos José António Tenente
Cenografia Luisa Bebiano
Desenho de Luz José Carlos Gomes
Sonoplastia Baltazar Gallego
Elenco Custódia Gallego, Diana Costa e Silva, Inês Castel-Branco, Isabel Ruth, Ana Padrão e Cláudia Carvalho.
produção Alice Prata

Co-produção: Teatro Nacional D. Maria II + ACE/ Teatro do Bolhão



Deolinda

Acústico / Folclórica
21 de Janeiro| Sábado | 21h30| Grande Auditório .
Entrada: 20 euros
M/4
Duração: 80 m

Dá-me a tua mão, sai de casa e vem para a rua: a música popular lisboeta
rememorou os seus feitos, redescobriu alegria e candura num meio onde isso já parecia improvável, e até encontrou maneira de o expressar. E olha: tornou-se outra vez contagiante, fez-se outra vez entusiasmo, tornou-se outra vez popular.
Ora cantar Lisboa – isto é, dizer, exaltar, louvar, poetar, gorjear um certo estado de espírito e uma certa maneira de estar e de conviver numa certa cidade – não é tarefa fácil. Por um lado trata-se de uma cidade onde cabe um país inteiro, cheio de particularidades. Por outro cantar é ofício antigo, já muito usado e abusado; coisa de artesão, e com tecnologia de outras eras.
Mas as canções de Pedro da Silva Martins transmitem uma série de saborosos ingredientes que não dependem da tecnologia instrumental. Por exemplo: o empenhamento de um olhar atento, selectivo e consciente do espaço em que age. E certas outras qualidades desse olhar. Vivacidade, agilidade, afectividade; discernimento e sensatez num meio em que estes não abundam (e por isso disfarçados de sátira). Para além de uma peculiar alegria no entendimento – quando o olhar afinal se compõe e se pode exprimir por palavras, articular-se, numa linguagem fluida e escorreita, mas requintada e correctíssima.
E se parece tão fácil quando se canta, provavelmente há duas razões para isso. A primeira e evidentíssima, é o nível de exemplaridade a que Ana Bacalhau está a saber levar a sua arte, feita respiração, timbre e prosódia em deolíndico corpo. A segunda, igualmente evidente a quem tiver ouvido atento, são as tessituras instrumentais que convocam e integram diversas formas musicais castiças, das antigas às recentes, com engenho mas sem artifícios.
E com esses dois selos sucede a tal coisa: as canções tornam-se contagiantes, tornam-se entusiasmo, tornam-se populares. De súbito, toda a gente percebe quem é a Deolinda. A Deolinda és tu, é ela, sou eu. E o maior mastro do mundo é português!
Falta o carimbo. Vai para a felicidade da ilustração e do tratamento gráfico, a fazer lembrar as folhas volantes, com as letras das canções em voga, que os cegos outrora vendiam nas ruas da Baixa e nas estações de comboio.
Música para cegos? Bom ponto de vista para uma sátira.
Desde que não caia em orelhas moucas…

Ana Bacalhau Voz
Pedro da Silva Martins Guitarra
Luis José Martins Guitarra
Zé Pedro Leitão Contrabaixo

Filipe Raposo Trio

Apresentação ao vivo do CD First Falls
JAZZ
20 de Janeiro| Sexta | 21h30| Grande Auditório
Entrada: 8 euros
M/4
Duração: 90 m

Filipe Raposo Piano
Yuri Daniel Contrabaixo e Fretless
Vicky Marques Bateria

Filipe Raposo, pianista e compositor, teve uma formação clássica, estudando piano no Conservatório Nacional de Lisboa e composição na Escola Superior de Música de Lisboa, mas rapidamente alargou os seus horizontes ao jazz, à música improvisada, à música popular ou mesmo ao fado.
No domínio do jazz apresenta-se a solo ou como líder do seu trio, ou faz parte de grupos como o Trio de Yuri Daniel ou a Tora Tora Big Band.
Mas Filipe tem também desenvolvido um intenso trabalho como compositor, arranjador e pianista, colaborando com grandes artistas como José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho, Amélia Muge, Vitorino, Janita Salomé e muitos outros.
First Falls é o seu primeiro álbum como líder. Nele revela a diversidade da sua formação e do seu percurso, sendo audíveis várias influências unificadas pela linguagem contemporânea da improvisação.
No disco, e consoante os temas, o seu trio teve formações diferentes. Ora o integravam Carlos Bica no contrabaixo e Vicky Fernandes na bateria, ora Yuri Daniel no baixo fretless e Carlos Miguel na bateria. Todos músicos dos melhores da cena jazzística nacional e com quem Filipe Raposo desenvolve, desde há tempos, uma relação de grande cumplicidade e entendimento. No concerto desta noite, o Trio, tal como no álbum, apresentar-se-á nas suas duas formações.

Um espectáculo que para uns será uma belíssima revelação e para outros a confirmação de um magnífico compositor e líder, em diálogo com músicos excepcionais.

Concerto de Ano Novo

O teatro e a envolvente
Concerto de Ano Novo
Banda Filarmónica de V.N. Famalicão
14 de Janeiro | Sábado | 21h30| Grande Auditório
Entrada: livre
M/4
Duração: 60 m

Exposição de Pintura José Manuel Almeida

Título: “Variantes: O Espaço Como Método”
Foyer | de 16 de Janeiro a 28 de Fevereiro de 2012

Os trabalhos expostos visam, no essencial, o que já fora um pouco referenciado, quer pelo método, propósito/intenção e referência/referências/influências.
O espaço como método aborda, então, uma pessoal metodologia de representação em que parte do espaço abstracto, indefinido e inexistente procura convergir para formas múltiplas que não cinjo a uma espécie de linha base temática específica dos trabalhos apresentados, mas, antes, a variantes de representação dentro de um único propósito: arquitecturas. Nestes trabalhos integram, então, obras menos recentes e, até, métodos de diferentes usos e aplicação de materiais, como: óleo, acrílico, vinil e jacto de tinta sobre tela.
                                                              6 Dezembro de 2011, José Manuel Almeida