àmostra
Circo contemporâneo
Coprodução
Instituto Nacional de Artes do Circo / Casa das Artes de Vila Nova de
Famalicão.
Apresentação
do primeiro trabalho profissional dos Alunos Finalistas do Instituto Nacional
de Artes do Circo
27 de Junho
a 2 de Julho | terça-feira a domingo | 21h30 | Grande Auditório
Artes do
Circo/ Circo contemporâneo
Entrada: 4
euros. Estudantes,
Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 2 Euros
VALERIA ELIZONDO CARRILLO (COSTA RICA)
“¿Y si bailamos?”
Compras. Sofá. Café? Eu esqueci! Oh! Vamos
limpar! E se dançarmos? Vamos dançar! Vamos aproveitar, vamos viver! Ah o café!
Que rico! Viajo, sinto, mergulho... suspiro, cansaço, felicidade, oscilante,
derretendo, não quero, mas quero, porque tudo que sobe tem que descer? Uns
dançam para lembrar, outros dançam para esquecer. “E se dançarmos?”
TIAGO PERES (PORTUGAL)
“Acumulação do Agora”
Há quem não acredite, há quem nunca se
apercebeu, há quem nunca se questionou para tal! O descobrimento constante,
nesta imposta realidade presente, parte de dentro de cada ser moléculoso. Onde
o desconhecido é apenas um factor presente que está relacionado com cada
submundo, cada consciência, cada aceitação-limitada. A força da natureza traduz
um pouco a essência deste espectáculo. Onde a terra dá frutos a oportunidade da
experiência e com ela se desfruta a viagem de ser vivida. Não há quem quer, mas
há quem mais precisa!?
OLGA KOULTOUKI (GRÉCIA)
“Fearland”
Em "Fearland" após o choque
traumático que sofre, a performer não consegue encarar a realidade e se refugia
em seu próprio mundo cheio de medo e desconfiança. Será que ela conseguirá
encontrar o caminho certo de volta? Ou o tempo será muito cruel com ela?
SARA MONTANARO (ITÁLIA)
“Scorcio”
Um organismo, uma entidade, faz o seu
caminho através do que resta de um cenário comprometido e esquecido. O
nascimento e construção de um pequeno mundo, que se contamina e eventualmente
morre, destrói-se a si próprio e regressa ao local onde tudo começou.
28 Jun
PAMINA MILEWKSA (ÁUSTRIA)
“A ordem das coisas”
“A ordem das coisas” é o título duma
mono-peça de teatro circense experimental em qual a personagem “Hortelazinha”
pesquisa e descobre o universo de limpeza no chão e no ar. Qué é a ordem das
coisas? Como tem de ser? Que se passa se mudam a ordem das coisas? Trata-se das
mudanças no ritmo? O ritmo que pode ser como as ondas do mar, algumas delas
chegam a emocionar as pessoas, outras são só para olhar e escutar ou dão medo. O
tecido está mesmo sujo e com muito pó em cima. “Hortelazinha“ gosta muito da
música. A vida é mais leve com ela e as emoções têm para onde ir. Bem-vindos á
essa experiência e co-criação, serão 20 minutos do caos que também tem a sua
ordem
ERIK LIVERMORE (NORUEGA)
“Professor Schreber's lines of flight”
Como objetos parciais, sempre buscamos
conectar, criar fluxos, quebrá-los, criar novos. O que acontece quando não
temos voz na codificação de nossos fluxos de produção desejante? Uma história
do quase, da permanente incompletude de ter objetivos e adaptação.
CAMILO HENRIQUEZ (CHILE)
“Ciências Anárquicas”
"Ciências Anárquicas" é a
fantasia de um jovem adolescente prisioneiro dos esquemas sociais da escola,
forçado a uma rotina, forçado a ser igual aos outros, forçado a aprender um
sistema educacional que não ensina a questionar, imaginar, ser curioso ou
desenvolver de acordo com as faculdades de cada um. Viajando entre teatro
físico, dança, pinos e acrobacias como disciplina circense, a linguagem
corporal do jovem sofre uma alteração em consequência de um colapso emocional;
confusão, raiva, frustração e a libertação de ser através do punk rock! Esta
peça convida à nostalgia, a recordar, todos foram ou serão adolescentes, a
adolescência é uma fase em que há muito fluxo de mudanças, aprendizagem do
próprio ser e desenvolvimento da consciência.
MANDÍBULA (ESTHER DORLÉAN e JULIA FARIA)
(FRANÇA E BRASIL)
“FERMI GRENU um animal altamente tóxico”
Dois seres confeccionam uma fermentação
diária em um laboratório entre o subsolo e o terceiro andar. É necessário
prestar atenção em um ambiente esterilizado porque as coisas podem sair do
controle.
29 Jun
STAV
PINTO (ISRAEL)
“Mesarevet”
"Mesarevet"
("Eu me recuso", feminino, hebraico) é uma peça solo que apresenta
visualmente a complexa narrativa do conflito israelense-palestino por meio da
dança e da manipulação de objetos. Ela conta a história como um quadro amplo
por meio da montagem e desmontagem de estruturas, mostrando a paisagem em
mudança, pois a realidade emocional-pessoal é trazida pela dança para dentro
desse ambiente caótico e estressante. “Mesarevet '', “eu me recuso”, já que a
principal afirmação do programa é recusar-se ativamente a odiar, recusar-se a
escolher um lado e deslegitimar a narrativa e as necessidades dos outros.
DAYSE
ALBUQUERQUE (BRASIL)
“POR DEBAIXO DOS
PANOS”
Uma manhã de
sábado em plena terça feira. Cabe a você a decisão de se expor ao sol. Pernas e
pés correm soltos pelo ar
Mas e se uma mesa
pudesse caminhar? Quais histórias traria para contar?
Um buraco se
preenche, o ilógico se mistura com o cotidiano. A surpresa não pede licença,
mas te convida para entrar.
MOMI MARIN (CHILE)
“IN-SÔNIA”
Um sonho
entrelaçado que não distingue entre o onírico e o cotidiano. Onde a personagem
viaja em profundo estado de sonolência. Este corpo dançante e acrobático depois
de vários eventos acorda e se encontra numa manhã turbulenta.
RADARANI
OLIVEIRA (BRASIL)
“arʘanda”
arʘanda é uma
peça sobre ressignificâncias e acasos que inventam o mundo. A vida quer mais
vida, mas para isso também é preciso morrer, deixar pra trás, reconstruir e dar
novos sentidos. A partir dos elementos cênicos, cria-se mecanismos de idas e
vindas, pequenos circuitos que se transformam em cena, modificando a personagem
e as circunstâncias.
30 Jun
GIOVANNI CONCATO (ITÁLIA)
“Safari”
Vozes em off, entidades voadoras não
identificadas, equilíbrios de madeiras à deriva, um espelho do vazio e uma
caixa acrílica a embalar a atmosfera enfumaçada. Ce que je ne comprends pas, je l'accepte plus
qu'une chose que je comprends. Ossos de choco e
destroços sobrevivem em substratos sonoros surreais. O equilíbrio é diagonal,
roto, curvo. A composição da desordem é a cargo da nossa liberdade de imaginar.
Qual é a caducidade dos nossos vestígios?
STEPHANIE SKREIN (ÁUSTRIA)
“Good Boy”
Hernando é um bom menino. E o Hernando
gosta de brincar. Ele nos convida para seu pequeno cabaré, onde nos mostra seus
jogos. Como ele luta contra o touro forte e como constrói uma bomba atómica.
Como ele faz a supremacia branca se erguer sobre a escória negra. É tudo apenas
um jogo no Cabaré do Hernando!
JOKA (PORTUGAL)
"Alter Ego"
"E se a nossa mente fosse
fragmentável? E se coexistirmos com outras personalidades no nosso próprio
corpo? E se não soubéssemos que elas existem? Uma história sobre uma personagem
que sem saber criou "alter egos" para se defender e se proteger dos
sofrimentos da vida. O conflito entre o querer viver e morrer, a incerteza
entre o que é real ou não, cria uma depressão imensa na personagem que faz com
que o refúgio nos vícios e no suicídio seja uma opção acertada. Uma busca por
uma certeza, por um esclarecimento, que leva a luta entre várias personalidades
pelo destino desse corpo. O que será que poderá suceder quando não temos o
total controlo do nosso corpo? O que a nossa mente pode criar a seguir?"
FABIANA DÍAZ (CHILE)
“Entre-el-azar”
Entre cordas e entre-el-azar vai
transitar. Um processo de liberação vai se aproximar. Em contração seu
movimento vai soltar. O surgimento
chegou e sem voz ficou. Mas o nó deixou. Então não acabou.
1 Jul
FERNANDO NOGUEIRA (BRASIL)
“FORMA”
Um conjunto dos limites exteriores.
Objeto confuso, impossível de se definir. Expressão em forma física ou filosófica.
O princípio que determina nossa essência. Forma é uma reflexão que através do
circo propõe ao público um diálogo sobre como nossa forma é volátil e
inconstante, e busca a partir dessas mudanças encontrar aquilo que nos torna
únicos, a essência que harmoniza nossa realidade e nos representa no espaço e
tempo. Forma te leva em uma viajem sensorial por dentro do existencialismo
humano, e retrata uma distopia onde o pensamento criativo já não existe mais,
até que começa a surgir em cena impulsos desconhecidos que guiam este
personagem em uma reflexão que o faz perceber que aqueles impulsos são a única
maneira de descobrir qual sua a essência, a única coisa que nos torna únicos -
a nossa maneira de criar.
FILIPA MADEIRA (PORTUGAL)
“ A Lebre e a Tartaruga”
Opor é colocar uma coisa diante da outra.
Aqui, as realidades opostas são colocadas frente a frente.Numa corrida contra o
tempo, contra as condições internas e externas, duas criaturas apresentam-se e
desafiam-se. Quem ganha e quem perde este jogo? Será que os opostos se atraem,
se ligam, combinam...?
LUIZA ADJUTO (BRASIL)
“Um quê de mim reversa”
Um ato, uma cena, uma dança de uma mulher
entre objectos e o risco. Um Quê de Mim Reversa convida o público a uma imersão
em um universo em movimento, com símbolos e metáforas sobre a vida e sua
fragilidade. Quando foi a última vez que a vida te atravessou? É que no fim
tudo vira festa.
2 Jul
INÊS PINHO (PORTUGAL)
“Os gatos caem sempre de cara ou como salvar as abelhas”
Convido-vos a visitarem este meu lugar. Antes
de entrar pode ser necessário descalçar os sapatos e desligarem o vosso desejo
de entender. Aninhados entre o poético e o surreal celebraremos a absurdidade
da vida, correremos atrás de significados como um gato corre atrás de um fio e
com sorte cairemos de novo na natureza fragmentada dos pensamentos e acções
humanas. A galinha já atravessou a rua porém eu deixar-vos-ei aqui, no meio do
rebanho, num mundo que constantemente nos puxa para diversas direcções.
EVA MORAIS (EVITA) (PORTUGAL)
“Error 502: Gateway to Chaos”
O Erro 502 ocorre quando algo no processo
de comunicação entre servidores de rede falha. A relação entre humanidade e
inteligência artificial (IA) parece padecer de um tipo de erro semelhante. Error
502: Gateway to Chaos parte de uma falha de comunicação que abre a porta ao
caos. Numa jornada satírica e estimulante, com circo como fio condutor, somos
levados a vislumbrar um futuro distópico, mas provável. A falta de
entendimento, resultante do colossal escalar do desenvolvimento tecnológico,
leva à perda de controlo sobre algo que nós próprios criámos. Travando uma
guerra pelo poder e recorrendo às estratégias mais absurdas para vencer, este
espetáculo convida-nos a refletir sobre o papel da tecnologia nas nossas vidas
e o destino que estamos a traçar com o imparável desenvolvimento da IA. "Control is about as
real as a one-legged unicorn taking a leak at the end of a double rainbow.” -
Ray Heyworth in Mr.Robot (S2,Ep3).
MALIN HANNAH JORINA (ÁUSTRIA)
“Chá Chá Chantilly”
“Durma bebé durma, aproveite o máximo que
puder. Porque eu quero fazer parte do clã das bruxas”, ela canta. Voos
emocionantes de fantasia, feitiços peludos e danças selvagens com os espíritos
de que ela realmente precisa. Terá ela sucesso? Pelo menos ela viu isso em seus
sonhos. Chantilliana voava alto e estava preparada para descer e salvar o
mundo. Se ela não o fizesse, quem mais tomaria essas acções corajosas? Passo a
passo, ela revelará camadas de sua personalidade e convidará o público a fazer
parte de sua jornada. Será ela a culpada e quem será salva? Assassinato pode
ter um gosto tão doce. Ainda mais com creme.