Close-up – Observatório de Cinema de Vila Nova de Famalicão
Episódio 1.1 – 13 e 14 de janeiro
Nos
últimos dias de Outubro passado projetou-se o 1.º episódio do Close-up –
Observatório de Cinema de Vila Nova de Famalicão com 25 sessões comentadas de
cinema contemporâneo e com trilhos pela história do Cinema, dispostas em oito
secções (ver www.closeup.pt), incluindo sessões para escolas e para famílias.
Nos
dias 13 e 14 de Janeiro dispõe-se a primeira réplica do Observatório de Cinema,
que pretendemos intervaladas de dois meses, incluindo a realização de duas
sessões para escolas, com uma extensão do Cinanima (na sua 40.ª edição) para o
pré-escolar e 1.º ciclo e a exibição de The Kid, um incontornável Chaplin, para
os alunos do 2.º e 3.º ciclos. Para o público geral, voltamos a duas secções: A
Toca do Lobo, comentado pela cineasta Catarina Mourão, da secção Fantasia
Lusitana, percursos e reencontros de histórias de família; uma sessão dupla a
fechar o programa dedicado ao pernambucano Gabriel Mascaro, da secção Cinema
Mundo, com a exibição dos documentários, com comentário social, Um Lugar ao Sol
e Doméstica.
BILHETEIRA GERAL
GERAL: 2 EUROS E CARTÃO QUADRILÁTERO: 1 EURO
ENTRADA LIVRE: ESTUDANTES, SENIORES, ASSOCIADOS DE CINECLUBES
13.Jan – 10h00 (GA) – extensão da 40.ª edição
do CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho – Cinanima Junior -
sessão para escolas (pré-escolar e 1.º ciclo). M/3
13.Jan – 15h00 (GA) – The Kid (O Garoto) de
Charlie Chaplin
– sessão para escolas (2.º e 3.º ciclo ciclos). M/6
Um
atira pedras a janelas enquanto o outro aparece mesmo a tempo para oferecer os
seus serviços com perito em reparação de janelas. É uma trapaça perfeita como
tudo o resto neste incontornável clássico da obra de Charlie Chaplin, cuja
combinação excepcional de risos e emoção mudou para sempre a história da
comédia no cinema. Pela primeira vez enquanto realizador Chaplin experimenta a
longa-metragem como formato para narrar as peripécias do atrevido e
inesquecível Charlot (Chaplin) e do seu novo companheiro de aventuras (Jackie
Coogan que se estreava aos 6 anos), que se torna o inseparável parceiro do
protagonista quando este o salva de uma grande alhada. Algumas das cenas
memoráveis deste filme incluem uma excepcional lição sobre bons modos à mesa,
uma briga com um polícia e os sonhos angelicais de Charlot. Um filme imortal!
Título
original: The Kid (EUA, 1921, 52 min.)
Realização,
Argumento, Montagem e Produção: Charlie Chaplin
Interpretação:
Charlie Chaplin, Jackie Coogan, Edna Purviance
Fotografia:
Roland Totheroh
Estreia:
Fevereiro de 1921 nos Estados Unidos da América
Classificação:
M/6
13.Jan – 21h45 (PA) – Um Lugar ao Sol + Doméstica de Gabriel Mascaro (secção Cinema Mundo).
M/12
UM LUGAR AO SOL de
Gabriel Mascaro
O
documentário aborda o universo dos moradores de coberturas de prédio das
cidades de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O realizador obteve acesso aos
moradores das coberturas através de um curioso livro que mapeia a elite e
pessoas influentes da sociedade brasileira. No livro são catalogados 125 donos
de cobertura. Destes 125, apenas 9 concederam entrevistas. Através dos
depoimentos dos moradores de cobertura, o filme traz um rico debate sobre
desejo, visibilidade, insegurança, estatuto e poder, e constrói um discurso
sensorial sobre o paradigma arquitectónico e social brasileiro.
Título
original: Um Lugar ao Sol (Documentário, Brasil, 2009, 66 min.)
Realização,
Argumento e Produção: Gabriel Mascaro
Fotografia:
Pedro Sotero
Música:
Iezu Kaeru, Luís Pessoa
Distribuição:
Nitrato Filmes
Classificação:
M/12
DOMÉSTICA de Gabriel
Mascaro
Sete
adolescentes assumem a missão de registar por uma semana a sua empregada
doméstica e entregar o material bruto para o diretor realizar um filme com
essas imagens. Entre o choque da intimidade, as relações de poder e a
performance do quotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o
trabalho doméstico no ambiente familiar e transforma-se num potente ensaio
sobre afecto e trabalho.
Título
original: Doméstica (Documentário, Brasil, 2012, 75 min.)
Realização
e Argumento: Gabriel Mascaro
Produção:
Rachel Ellis
Fotografia:
Alana Santos Fahel, Ana Beatriz de Oliveira, Jenifer Rodrigues Régis, Juana
Souza de Castro, Luiz Felipe Godinho, Perla Sachs Kindi, Claudomiro Canaleo
Neto
Distribuição:
Nitrato Filmes
Classificação:
M/12
Gabriel Mascaro (1983) é artista e cineasta.
Vive e trabalha no Recife, Brasil. Os seus filmes e instalações foram
projetados ou exibidos em importantes festivais e eventos como La Biennale di
Venezia, Locarno, Toronto, Rotterdam, Oberhausen, Clermont Ferrand, MACBA-
Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, MoMA, Panorama da Arte Brasileira no
MAM-SP e Bienal de São Paulo. Mascaro participou em residências artísticas do
Videobrasil no Videoformes (FRA) e no Wexner Center for Arts (EUA). Os seus
filmes ganharam mais de 50 prémios internacionais e em Abril de 2016 teve uma
retrospectiva no Lincoln Center, em Nova Iorque (EUA).
Nesta
rectrospectiva, no Close-up – Observatório de Cinema de Vila Nova de Famalicão,
serão exibidas em ante-estreia cinco longas-metragens que correspondem à
filmografia mais relevante de Gabriel Mascaro, um dos mais importantes
cineastas do cinema brasileiro destes dias.
14.Jan – 21h45 (PA) – A Toca do Lobo de
Catarina Mourão
– sessão comentada por Catarina Mourão (secção Fantasia Lusitana.). M/12
A TOCA DO LOBO de
Catarina Mourão
Catarina
Mourão tem-se afirmado como um dos olhares mais delicados do cinema português.
Depois de “Pelas Sombras”, um retrato da artista Lourdes Castro, a realizadora
centra-se agora numa outra figura da vida cultural portuguesa: o escritor e seu
avô Tomaz de Figueiredo. Um olhar que abre as portas secretas de uma vida que
deixou apenas o seu trabalho para a memória dos seus filhos e dos seus netos,
tal como de uma família que se viu separada pela sua morte e marcada pelo
dia-a-dia de um país ditatorial – um país duramente percorrido por quem
escreveu sobre ele. Na sua antiga casa, vivem os segredos e os acontecimentos
que nos falam, hoje, por um quarto fechado à chave – um quarto aberto pela
câmara da realizadora e pelo movimento deste filme: a nossa intimidade. O
momento decisivo para a sua realização aconteceu com a descoberta de um
programa de televisão nos arquivos da RTP sobre Tomaz de Figueiredo, que ela
nunca conheceu mas que parece falar-lhe directamente. "Aí foi o momento em
que eu disse: este filme tem de ser sobre o meu avô. Porque senti que, de uma
forma quase fantasmagórica, ele me estava a convocar para fazer este filme. Na
história, narrada na primeira pessoa pela realizadora, "passado, presente
e futuro estão todos juntos ali como se fossem um só", resume.
Documentário
/ Ficção, 2015, 102 min
Realização
e Argumento: Catarina Mourão
Fotografia:
João Ribeiro, Catarina Mourão
Música:
Bruno Pernadas
Som:
Armanda Carvalho
Produtor:
Catarina Mourão, Maria Ribeiro Soares / Laranja Azul
Classificação:
M/12