segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lar de Natal

O teatro e a envolvente

Lar de Natal
Teatro Musical
18 e 19 de Dezembro Sábado 21h30 Domingo 18h00 Grande Auditório.
Entrada: 5€ + bem alimentar ou brinquedo – Campanha de Natal ASSUL
M/3
Duração: 60 m

O Musical “Lar de Natal” põe em contraste o consumismo exacerbado dos natais modernos e a lamentável condição dos sem-abrigo, tão assustadoramente comum nos nossos dias.
Será que a Kika e o Paulo vão convencer a mãe a ajudar Maria, a sem-abrigo?
Um musical que toca os corações do público, lembrando que cada um de nós pode fazer a diferença!

Título original – “Home for Christmas”
Música e textos – Jo Sands e Ruth Kenward
Adaptação – ArtEduca – Academia de Música e Artes - Conservatório de Música de VN Famalicão
Coro e Orquestra da ArtEduca
Direcção Artística – ArtEduca
Co-produção – CASA das ARTES de V.N. Famalicão / ArtEduca – Academia de Música e Artes – Conservatório de Música V.N. Famalicão

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ópera “Don Giovanni” W. A. Mozart

Libretto de Lorenzo Da Ponte
11 de Dezembro, Sábado, 21h00, Grande Auditório.
Entrada: 10 euros
M/3
Duração: 120 m (Tem Intervalo)
Sinopse:
Acto I
Leporello queixa-se das durezas do seu trabalho em frente à casa de Dona Anna, quando surge Don Giovanni, fugindo de Dona Anna que tenta descobrir a identidade do sedutor. O Comendador, pai de Dona Ana, sai também de dentro da casa, desafiando Don Giovanni para um duelo onde é morto. Don Giovanni e o seu servo Leporello fogem. Dona Anna e seu noivo Don Ottavio encontram o cadáver do Comendador. Dona Anna faz Don Ottavio jurar que vingará a morte de seu pai. Entretanto Don Giovanni e Leporello estão na rua quando aparece uma mulher que se queixa do amante que a abandonou. Don Giovanni determina-se a "consolá-la", mas quando se aproxima apercebe-se que é a Dona Elvira, aquela que ele abandonou, em Burgos. Foge mais uma vez e deixa Leporello contar a Dona Elvira a lista das suas conquistas.Próximo dali, numa aldeia dois camponeses, Masetto e Zerlina, fazem os preparativos para o seu casamento. Chega Don Giovanni e encarrega Leporello de despistar Masetto, enquanto ele seduz Zerlina. Don Giovanni está a ponto de declarar-se a Zerlina, quando aparece Elvira que a adverte do cruel sedutor. Entram Ana e Ottavio e os quatro discutem. Elvira diz que Don Giovanni é um malandro, enquanto Don Giovanni diz que ela está louca. Dona Anna reconhece Don Giovanni pela voz e adverte Don Ottavio. Quando Don Giovanni prepara uma festa para convidar os camponeses com intenção de aumentar a sua lista de conquistas, Masetto revolta-se mas é dissuadido por Don Giovanni. Ottavio, Anna e Elvira, mascarados, resovel ir à festa para atrapalhar Don Giovanni. No baile toca-se um minueto (para os nobres), uma contradança (para os camponeses) e uma dança alemã , onde Leporello insiste em que Masetto dance ele para o distrair do facto que Don Giovanni tenta de novo seduzir Zerlina. Zerlina, a ponto de ser violada grita e Don Giovanni, para se esquivar, acusa Leporello de ser o culpado. Contudo a verdade é reposta por Ottavio, Dona Anna e Dona Elvira, que tiram as suas máscaras. O sedutor, mais uma vez, consegue fugir.

Acto II
Debaixo da casa de Dona Elvira Don Giovanni canta-lhe uma serenata. Dona Elvira desce e Leporello, disfarçado de Don Giovanni recebe-a, enquanto este tenta seduzir uma criada da Dona Elvira. Chegam Masetto e os amigos com o propósito de matar Don Giovanni, mas este, na escuridão, faz-se passar por Leporello, despista os amigos de Masetto e quando fica a sós com este, dá-lhe uma grande tareia e foge. Entretanto chega Zerlina que encontra Masetto ferido e o consola. Elvira e o Leporello disfarçado encontram-se com Zerlina e Masetto e em seguida com Dona Anna e Octtavio. Estes pensando que Leporello é Don Giovanni, ameaçam-no. Mas para surpresa destes, Elvira defende-o. Leporello é obrigado a identificar-se e acaba por fugir. Ottavio afirma o seu amor por Dona Anna e Dona Elvira lamenta a sua traição. No cemitério para onde fugiram, Don Giovanni e Leporello gozam com a estátua do comendador. Ouve-se de repente uma voz de outro mundo, que recrimina a conduta de Don Giovanni e promete vingança. Leporello fica aterrorizado mas Don Giovanni, audacioso, convida a estátua a cear com ele esta noite. O convite é aceite.
Entretanto Dona Anna roga ao seu noivo que compreenda a sua dor e concorde em adiar a boda. Em casa de Don Giovanni, músicos e mulheres alegremente convivem, enquanto Don Giovanni prepara a ceia com o Comendador. Aparece Dona Elvira suplicando que mude de vida mas este responde arrogantemente: “Vivam as mulheres, vivam o bom vinho, sustento e glória da humanidade”. Elvira, mais uma vez desiludida, sai e grita aterrorizada! Leporello corre a ver o que se passou, e também ele dá um grito de terror! Quando a porta se abre é a a estátua do Comendador, disposta a aceitar o convite que Don Giovanni lhe fez. A estátua ordena a Don Giovanni que se arrependa da vida que tem levado, mas este de novo, arrogantemente, diz que não se arrepende. O fantasma do comendador dá-lhe então a mão e arrasta-o consigo para as chamas do inferno. Entram no castelo Dona Anna, Don Ottavio, Zerlina, Masetto e Dona Elvira, todos para se vingarem, mas Lemporello informa que o Comendador antecipou-se. Elvira decide ir para o convento, Dona Anna guardará um ano de luto antes de casar com Ottavio, Zerlina e Masetto finalmente celebram as bodas e o Leporello procurará um novo amo. Todos cantam alegremente dizendo ao público que aprenda a lição: “A morte dos pérfidos é sempre igual à sua vida.”

Ficha artística
Direcção Artística: António Salgado
Direcção Musical: António Saiote
Encenação: Marcos Barbosa e Nuno M. Cardoso
Direcção de Produção: Álvaro Santos
Produtora Executiva: Filipa Lã
Orquestra: Sinfonieta da ESMAE
Coro: CEOTM-UA
Correpetição: Angel Gonzalez Casado
Concepção Plástica
Luz: Pedro Carvalho
Cenografia: Ricardo Preto
Figurinos: Susana Abreu
Solistas
Donna Anna (soprano) CARLA CARAMUJO
Donna Elvira (soprano) SARA BRAGA SIMÕES
Zerlina (soprano) SUSANA MILENA
Don Ottavio (tenor) MÁRIO JOÃO ALVES
Don Giovanni (baixo) LUÍS RODRIGUES
Leporello (baixo barítono) ANTÓNIO SALGADO
Commendatore (baixo) VALTER MATEUS
Masetto (baixo-baritono) BRUNO PEREIRA

Organização e Co-Produção
OperaNorte / QUADRILÀTERO - Casa das Artes de Famalicão/ Centro Cultural Vila Flor/ Theatro Circo
Apoio: QREN
Próximas apresentações – 22 Janeiro TC e 29 Janeiro CCVF, de 2011

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bichofonia Concertante Opus Formiguinha

Companhia de Musica Teatral
4 de Dezembro, Sábado, 17 h00, Grande Auditório.
Entrada: 5 Euros
M/3
Duração: 60 m
http://www.musicateatral.com/

Nasceu a partir de uma metamorfose do projecto Grande Bichofonia anteriormente apresentado pela Companhia de Música Teatral, que envolveu a formação de professores de Música expondo-os a práticas inovadoras. Espécie de versão de bolso desse grande projecto que motivou professores de Música a revelarem-se como artistas para os seus alunos, na Casa do Artista em Lisboa e na Casa da Música, no Porto, as histórias com música que integram esta obra têm sido recebidas com muita alegria e vivacidade pelas crianças dos Jardins de Infância e 1º ciclo de escolaridade de todo o País, mas também por adultos, que reconhecem no universo musical bichofónico o catálogo irónico e subtil da condição humana.
É deste universo que emerge a primeira das três peças, o Opus Formiguinha. A peça é estruturada em torno de um conjunto de advinhas sobre vários animais, a que corresponde depois uma pequena história musical encenada. No caso da Formiguinha a história aprofunda o clássico encontro da cigarra e da formiga de uma forma inusitada, uma vez que as duas nunca se chegam a conhecer e porque a formiga questiona o “status quo” a que parecia estar destinada e enceta o seu próprio caminho á procura do “sentido da vida”. Acaba por não obter resposta, como frequentemente acontece na vida dos humanos (não se sabe como é, no caso dos insectos).

Apoio: Colégio "Torre dos Pequeninos"

Exposição de Pintura, Escultura, Desenho Cerâmica de Sylvie Brandão

Título: Néofita
Foyer, 11 de Dezembro a 31 de Janeiro 2011
A construção do pórtico de entrada para uma galeria de obras que nos conduzem ao sentido da Arte é manifesta tarefa herculeana e profundamente responsabilizadora. Prefaciar ou pré-fazer implica estar embebido no mesmo espírito e força criadora o que, manifesta e humildemente por inaptidão, não é o caso.
No encontro com o plasmado por Sylvie Brandão deparei-me com Arte como entendo ser Arte ou Arché. Para além da mera existência do canal de comunicação onde a obra se torna plástica ou coisa, o dar-se como Arte revela-se na Alegoria que verifica ou torna Verdade.
Olhando todo o acervo floresce a dinâmica metamorfose do plasmado numa outra coisa que a ultrapassa sem que a unidade se quebre e que nos encaminha para o mundo platónico das essências do que É a Arte.
A matéria enformada por Sylvie Brandão, muito para além do caractér estrito do núcleo sensível do colorido, da dureza, do maciço que assume pela mera existência do Não Ser, lança uma escadaria para a oclusa câmara do Ser.
Nas palavras Heidegger “a essência da arte seria então o pôr-se-em-obra da verdade do ente” (das Sich-ins-Werk-Setzen der Wahrheit dês Seienden).
Na essência encontramos o belo e paradoxalmente o belo no feio e o belo no belo. Serão pois as belas Artes a plasticização de caminhos em direcção à Cidade de Jerusalém em Verdade. Sylvie Brandão, como neófita, mergulha-nos em tais águas iniciáticas, no tempo sem tempo.
Ser neófito ou novo iniciado é penetrar na aventura no mundo Poético trespassar o espelho mágico da realidade. Conhecer a poesia das coisas é saborear as suas essências inebriantes ou provar do absinto da taça da semiótica. Representar as essências é usar dos modos da linguagem, linguajar na tela, nos bastões de pastel, na argila, tornar palavra ou desenhar de labirinto que nos leva de regresso ao Ser, em suma, poetizar.
Na expressão artística de Sylvie encontramos essa morada sensível do ser imanente das coisas, momentos dramáticos que revelam em simultâneo a face material e psíquica das coisas manifestadas.
Quanto a mim resta-me mirar vendo.
Paulo Sequeira Rebelo