sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

TwoPianists


Luís Magalhães & Nina Schumann
Música Erudita
29 de Março, Sábado, 21h30, Grande Auditório.
Entrada: 5 euros
M/3
Duração 70 m
Nina Shumann e Luís Magalhães assinam o projecto “”, duo que se tem notabilizado em inúmeros concertos em todo o Mundo. Luís Magalhães é português (reside na África do Sul e é casado com a sua companheira neste e noutros projectos) e Nina Shumann é sul-africana. São solistas reconhecidos internacionalmente e avançaram para a aventura dos registos discográficos quando gravaram “As Obras Completas para Dois Pianos, de Sergei Rachmaninoff”, com edição portuguesa (2006) e sul-africana (2007).

Jacinta - “CONVEXO” [A Música de Zeca Afonso]


Jazz/Word Music
28 de Março, Sexta- feira, 21h30, Grande Auditório.
Entrada: 10 euros
M/3
Duração 90 m
http://www.jacintaportugal.com/


A melhor jovem artista de jazz do continente europeu em 2007, no âmbito da iniciativa “O Melhor da Europa” apresenta em concerto o seu último trabalho discográfico – CONVEXO [a música de Zeca Afonso] – nos próximos meses dearco Abril e Maio de 2008.

Em 2007 celebraram-se os vinte anos da morte do aclamado cantor e compositor português, CONVEXO surge assim como o reconhecimento de Jacinta perante a obra de Zeca Afonso, que aliás sempre fez parte do seu repertório, desde o Teatro Aveirense, onde Jacinta fez a abertura solene a capella, com O Cavaleiro e o Anjo, passando pelo concerto no CCB "Tributo a Bessie Smith", que abriu com o mesmo tema, até à Canção de Embalar, que incluiu no seu disco "Day Dream".

Neste trabalho, Jacinta explora uma nova linguagem musical, em busca das sonoridades mais modernas da corrente cool jazz, abandonando o estilo do jazz vocal tradicional dos seus últimos discos.

Em formato de trio, com Rui Caetano ao piano, Bruno Pedroso na bateria e a voz única de Jacinta, este é, sem dúvida, um projecto singular. As novas harmonias, bem conjugadas com uma abordagem rítmica que respeita o original e desenvolve o potencial de cada composição, conferem frescura e modernidade a todo o repertório do disco.

Dia Mundial do Teatro

BULULÚ – Estórias da Invenção do Mundo de Moncho Rodriguez, com Cristina Cunha e Pedro Giestas, Teatro Invisível.
27 de Março, Quinta- feira, 21h30, Grande Auditório.
Entrada: 5 euros
M/12
Duração 90 m
http://www.teatroinvisivel.com/

Amadeus e Bartolomeus são dois cómicos tão antigos como o próprio teatro, o que é o mesmo que dizer: tão antigos como a Terra. Dizem que eles têm mais de 400 anos. Acabam de chegar a um lugar onde pensam realizar o seu ofício de cada dia ou seja: representar. Preparam os seus instrumentos, suas roupas e máscaras e decidem contar o famoso romance da Invenção do Mundo, inspirado no “Grande Teatro del Mundo” de D. Pedro Calderon de La barca.
Tudo parece correr bem com a representação onde se recita e ao mesmo tempo se explica e comenta, cada momento da comédia clássica onde Deus, o criador, reparte os papéis para que o mundo se represente. Em determinado momento, tomado pelo espírito da crítica, Bartolomeus questiona as razões do porquê devem eles, comediantes famintos, continuar…Para que servem eles, os cómicos. Para quê as palavras. Para quê os sonhos.
Diante desse conflito, os dois comediantes desafiam-se numa tremenda luta entre a acção da arte e a sua necessidade numa sociedade cada dia menos poética, menos sensível e inevitavelmente consumista. Travam um patético jogo onde se expõem os conflitos entre a razão e o sonho, entre o real e o imaginário. Recordam os caminhos que percorreram ao longo de toda a sua existência, os quatrocentos anos do teatro ibérico. Das peripécias e aventuras vividas por todos os cómicos até chegarem aos dias de hoje, onde se esbarram diante do vazio, do silêncio, da indiferença.
Bartolomeus, alma gémea de Amadeus, decide que é inútil seguir, que não vale a pena continuar a repetir os mesmos gestos, as mesmas loas, as mesmas falas, com as mesmas caras e a mesma fome. Faz o seu testamento, deixando para aqueles que queiram seguir a arte no futuro todo o seu património de 400 anos de teatro. Amadeus vendo-se só, outra vez Bululú, num gesto dramático canta uma canção, como um hino de despedida, um apelo. Bartolomeus, despido de todas as suas vestes, absolutamente só e perdido, prestes a desaparecer no escuro, instintivamente repete, por dor ou saudade, o refrão da canção que dá alma ao comediante. Juntos terminam a cantar.

Cimús´08


III Curso Internacional de Música de V.N. Famalicão com Dmitri Ferschtman, violoncelo e Keiko Wataya, violino
24 e 28 de Março de 2008

O CIMÚS abre as suas portas pelo terceiro ano consecutivo para, uma vez mais, dar oportunidade a músicos portugueses e estrangeiros de trabalharem com personalidades de renome no actual panorama da música erudita.
Este ano a ArtEduca – Academia de Música e Artes, traz a Famalicão, em parceria com a Casa das Artes, dois cursos de aperfeiçoamento musical orientados por Keiko Wataya, violino e Dmitri Ferschtman, violoncelo, professores no Conservatório Superior de Amesterdão.
O CIMÚS é aberto a todos os violoncelistas e violinistas a frequentar o curso complementar do conservatório, o ensino superior ou profissionais e será realizado nas instalações da ArtEduca – Academia de Música e Artes de VN Famalicão e na Casa das Artes de VN Famalicão entre 24 e 28 de Março de 2008.
O Curso encerra, dia 28 de Março às 21h00, com o concerto dos alunos participantes.
Inscrições abertas até ao dia 3 de Março de 2008. Informações através dos telefones 252 378 249 / 91 881 43 90 ou e-mail arteduca.academia@gmail.com

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Exposição Pintura “100 ANOS DE LAURO CORADO” (1908-1977)


OBRAS DA COLECÇÃO DO FILHO, LAURO ANTÓNIO
e ainda no Museu da Cidade de Aveiro

De 1 de Março a 30 de Março no foyer da Casa das Artes

BIOGRAFIA
Lauro da Silva Corado - Professor e artista plástico, nasceu em Aveiro em 1908 e morreu em Lisboa a 1 de Setembro de 1977. Estudou na sua cidade natal (Escola Industrial de Fernando Caldeira) e depois na Escola Superior de Belas Artes do Porto onde concluiu o Curso Superior de Pintura. Foi discípulo de António Carneiro e de Joaquim Lopes. Fez concurso de provas públicas para professor de Pintura da Escola Superior de Belas Artes, tendo ficado aprovado em «mérito absoluto» (1933). Nesse ano partiu para Itália, França e Espanha como bolseiro do Instituto para a Alta Cultura, regressando em 1945 a Espanha patrocinado pelo mesmo Instituto. Como professor começa a leccionar na Escola Industrial e Comercial Infante D. Henrique (Porto), e, a partir de 1941, na Escola Industrial e Comercial Dr. Azevedo Neves (Viseu). Em 1942 transfere-se para a Escola António Arroio. Em 1949 faz Exame de Estado para professor efectivo do Ensino Técnico, instalando-se no ano seguinte em Portalegre, onde lecciona até 1958 na Escola Industrial e Comercial local. Aí conviveu com José Régio, colaborou em A Rabeca e expôs diversas vezes: 1955, Escola da Corredoura; 1958, Salão Nobre do Governo Civil.De regresso a Lisboa, em 1958, é colocado na Escola Técnica Elementar Nuno Gonçalves e depois na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde se encontrava à data da sua morte. A sua primeira exposição individual efectuou-se na Associação Comercial de Aveiro, a que se seguiu uma segunda no Salão Silva Porto (Porto). Concorreu a inúmeras exposições individuais e colectivas no país e no estrangeiro, obtendo 1.ª e 2ª medalhas da S.N.B.A. de Lisboa, os 1.º e 2.º prémios e Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio José Malhoa e o 1.º prémio da Exposição Antoniana do Estoril. Encontra-se representado em museus e colecções particulares de Portalegre, Espanha, Brasil, Canadá, EUA e Alemanha.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Paixão segundo São João de P. Ferreira dos Santos

ESTREIA MUNDIAL
Trata-se de uma obra composta na segunda metade de 2007 e início de 2008. Esta parece ser a primeira Paixão composta em Portugal, em língua vernácula, para Solistas, Coro, Declamador e Orquestra sinfónica. A obra é dramática, como não poderia deixar de ser, pois tenta descrever, musicalmente, o transcendente drama da condenação á crucifixão e da morte de Jesus Cristo na cruz, apesar de não haver culpa que tal justificasse.

Concerto inserido nas Cerimónias da Semana Santa de V.N. Famalicão
Musica Erudita
19 Março, quarta-feira, 21h30, Grande Auditório
Entrada: 7 euros
M/3
Duração 70 m

Declamador P. Ferreira dos Santos
Evangelista Vitor Sousa
Jesus Pedro Telles
Coro Polifónico da Lapa
Orquestra Sine Nomine
Direcção: Filipe Veríssimo

Compositor - O Padre Ferreira dos Santos depois de terminados os seus estudos teológicos no Seminário Maior do Porto e de ter frequentado o Conservatório de Musica do Porto, foi, para a Escola Superior de Munique, em 1962, onde permaneceu até 1970, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e fez vários Cursos de Música, entre os quais o de Órgão.

Regressado a Portugal, em 1970, arrancou, com uma equipa por ele formada, com uma série de iniciativas e com a criação de várias infra-estruturas capazes de gerar vida musical na cidade. Delas se destacam o Coro da Sé Catedral do Porto que esteve na fundação de outros Coros, na implantação do Grande Órgão de Tubos da Sé Catedral do Porto e da Igreja da Lapa.

A sua actividade de Maestro (dirigiu centenas de concertos em todo o País e em Espanha, alguns em directo pela televisão), junta a de compositor para a liturgia (mais de 2.000 obras) a de 10 obras corais sinfónicas de grande dimensão, de que sobressai o Requiem à Memória do Infante D. Henrique (Obra encomendada pelo Governo Português) e a de conferencista em Congressos em Portugal a no estrangeiro.

É condecorado pela Grande Cruz de Mérito Cultural da Alemanha, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, foi distinguido pela Medalha de Ouro da Cidade do Porto, a pela de Mérito Cultural da cidade de Santo Tirso e é, desde o ano 2000, sócio da Academia Nacional de Belas Artes.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

10º Edição do FAMAFEST - Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Vila Nova de Famalicão

O Festival terá como temas MANOEL DE OLIVEIRA, WILLIAM SOMERSET MAUGHAM, NORNAN MAILER, D. H. LAWRENCE, CINEMA da GALIZA e FADO. Decorrerá na CASA das ARTES, Biblioteca Municipal, Centro de Estudos Camilianos de 8 a 16 Março.

Para mais informações
lauroantonioapresenta.blogspot.com

Concerto de abertura do festival com MARIZA, homenagem especial do FAMAFEST
Fado
Sábado, 8 Março, 21h30, Grande Auditório
Preço 15 euros
M/3

Concerto de fecho do festival com Henrique e Nuno Feist “Cinema Musical”
Sábado, 15 de Março, 21h30, Grande Auditório
Entrada livre
M/3

WRAYGUNN / SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS

rock/Blues/Soul
7 de Março, sexta-feira, 21h30, Grande Auditório.
Entrada: 8 euros
M/3
Duração 90 m
www.wraygunn.com/
www.myspace.com/wraygunn

Se Eclesiastes 1:11 foi a obra-prima que abriu caminho além fronteiras (foi disco do mês na revista Rock´n´Folk, disco do ano do diário Libération e na revista Épok, em França) , Shangri-La consagrou em definitivo os Wraygunn colocando-os no lugar que merecem. Nos balanços de final de ano, o terceiro álbum da banda de Paulo Furtado é unanimemente considerado o melhor do ano.

Shangri-La, o novo paraíso dos Wraygunn, doseia com mestria soul, gospel, funk, rock e blues apresentando um estupendo conjunto de 13 canções. Não admira que já tenham sido retirados 3 singles do disco: o contagiante Go-go Dancer, o dançável Everything’s Gonna Be Ok e o novo e poderoso Ain´t it nice?.

Mas se o reconhecimento através dos discos só agora foi unânime, há muito que a banda se notabilizou pelas suas poderosas actuações ao vivo não só em solo nacional mas também em palcos europeus. Um concerto dos Wraygunn é como assistir a Lost Highway de David Lynch, é um murro no estômago, é não conseguir reagir a tamanho turbilhão de adrenalina e energia. A banda de Coimbra prepara-se agora para espalhar essa força numa digressão nacional de promoção a Shangri-La.

Os Wraygunn convidaram uma das novas promessas conimbricenses para companheiros de estrada. Chamam-se Sean Riley & The Slowriders e estrearam no passado mês de Outubro Farewell, um disco que prima pela pureza da voz e pela riqueza dos instrumentos em temas intensos sujeitos a arranjos de um sóbrio bom gosto. Uma fabulosa colecção de 11 canções com potencial para se tornarem clássicos, onde se cruzam a folk, o country, o rock e os blues. Um piscar de olhos a nomes como Nick Drake, Devendra Banhart, Leonard Cohen ou Townes Van Zandt, num estilo único no nosso país.
Apesar de estreantes, Sean Riley & The Slowriders têm conquistado plateias nacionais importantes nas primeiras partes que realizaram para Aimee Mann, Violent Femmes e Mark Kozelek.

Tem-se escrito que Coimbra é a capital nacional do rock e isso tem tanto de excessivo como de irreal, mas não restam dúvidas de que em Coimbra há talento! Esse talento vai andar por aí, a passear-se pelas principais salas de espectáculos portuguesas a partir de Fevereiro. Ain’t it nice?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Nuno Galopim apresenta…. John vanderslice na CASA das ARTES de V.N. Famalicão


AfinidadesMicro Festival

Concerto único em Portugal

John vanderslice
Indie
1 Março, Sábado, 21h30, Grande Auditório
Entrada: 15 euros
M/3
Duração 90 m
http://www.johnvanderslice.com/
www.myspace.com/johnvanderslice

Este Micro Festival é uma ideia do comunicador Álvaro Costa com produção da Big Mamma e direcção geral da Casa das Artes de VNF.

“ Afinidades” é inspirado em eventos, como o Londrino “Meltdown”, em que e anualmente um curador: Artista, ou figura pública, ou fazedor de opinião é convidado a programar o seu elenco.

Para as três edições previstas para 2008, a Casa das Artes de VNF convidou os prestigiados Jornalistas Nuno Galopim (Março) e Vítor Belanciano (Junho) e o Ex Herói do Mar e “trendsetter” Rui Pragal da Cunha (Outubro) como curadores e coordenadores artísticos das “suas noites”.

A primeira edição realiza-se no dia 1 de Março e será coordenada e apresentada por Nuno Galopim que nos apresentará o John vanderslice e sua banda.

A hora inevitável

Passou a oeste das atenções de muitos de nós durante anos, mas o álbum que editou em 2007 não podia mais permitir semelhante silêncio. Norte-americano, John Vanderslice foi, aos poucos edificando uma obra que sabe juntar a arte da escrita de canções a uma curiosidade sempre renovada pelas formas finais com que estas se podem apresentar. Alguns talvez se recordem da polémica há oito anos gerada pelo seu ‘Bill Gates Must Die’. Há quem o conheça por ser dono de um estúdio de gravação pelo qual passaram já por nomes como os Death Cab For Cutie, Okkervil River ou Spoon e até mesmo pelo trabalho de produção que assinou em ‘Gimmie Fiction’, destes últimos. Mas é a obra na primeira pessoa de John Vanderslice que hoje lhe garante o merecido reconhecimento. Depois de editados cinco álbuns nos quais explorou as potencialidades das cenografia lo-fi, sem abandonar nunca os domínios da canção de autor, mostra-se há poucos meses, ao editar um sexto disco, inesperadamente despojado. Em apenas 38 minutos ‘Emmerald City’ confirmou em Vanderslice um magnífico contador de histórias. No anterior ‘Pixel Revolt’ havia construído um espaço de reflexão sobre as feridas deixadas pelo 11 de Setembro e, naturalmente, as consequências que os factos desse dia tiveram na vida da América (e do mundo em geral) desde então. Em ‘Emmerald City’ mostrou antes uma escrita mais pessoal, quase autobiográfico. Aí nos mostrou rara capacidade para, numa canção, sugerir as histórias, lançar as ideias, e sair delas antes de as tornar óbvias. Vê-lo, ao vivo, era finalmente inevitável.

Nuno Galopim

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Utter


Ambiente/Rock/ Progressivo
29 de Fevereiro, sexta-feira, 23h00, Café Concerto.
Entrada: 5 euros
M/12
Duração 55 m
www.myspace.com/utterutter

O projecto Utter (total, completo, absoluto, extremo) proveniente da vila de Joane, Vila Nova de Famalicão apresenta na Casa das Artes o seu primeiro registo homónimo, edição de autor, distribuído no território nacional pela Compact Records.

Com apenas três anos de existência o grupo já participou em concertos com Blind Zero, Boss AC e Corvos e em meados de 2007, após o trabalho de estúdio, alguns temas da banda foram destacados por António Sérgio, em algumas emissões do seu programa “As Horas” ao lado de nomes consagrados da cena alternativa internacional, bem antes da edição oficial do disco.

O rock ambiental, harmónico e enérgico que produzem nas actuações ao vivo não deixa ninguém indiferente, e apesar de ainda pouco conhecidos do público nacional, os Utter não esmorecem e afirmam que a música que concebem continua a fazê-los voar muito mais além… Deixe-se levar e faça uma viagem ao som dos Utter. A conferir a 29 de Fevereiro.

“Malgré Nous, Nous Étions Là”


Companhia Paulo Ribeiro
Dança
29 de Fevereiro, sexta-feira, 22h00, Grande Auditório.
Entrada: 5 euros
M/12
Duração 55 m


Malgré Nous, Nous Étions Là” é um dueto do tamanho da vida em comum, ou pelo menos da história comum, de Paulo Ribeiro e Leonor Keil, coreógrafo e bailarina, mas também marido e mulher. Ao contrário de anteriores criações em que existia uma tentativa, mesmo que irónica, de contextualização, esta peça é, segundo Paulo Ribeiro, um objecto "inexplicável". É por isso que há uma pilha de livros no palco – não servem para nada. Paulo Ribeiro entra em cena a falar disso: "Normalmente contextualizo, mas a Leonor acha que me repito. Desta vez não vamos reflectir sobre o estado do mundo, não vamos comparar o nosso trabalho com o de outros coreógrafos, não vamos usar os suportes da dança contemporânea. Ou seja: não vamos dançar nus, nem em silêncio".Baseado em textos de Gonçalo M. Tavares, com música de Bernardo Sassetti, Gilbert Becaud e Bárbara Travadinha, “Malgré Nous, Nous Étions Là” vive do atrito entre o corpo totalmente feito para a dança de Leonor Keil e o corpo pesado de Paulo Ribeiro, que não acompanha a vontade do seu coração de estar em palco.

Ficha artísticaCoreografia e interpretação PAULO RIBEIRO e LEONOR KEILMúsica BERNARDO SASSETTI, GILBERT BECAUD, BARBARA, TRAVADINHADesenho de luz NUNO MEIRAVídeo PAULO AMÉRICOOperação de luz CRISTÓVÃO CUNHAOperação de som e vídeo PEDRO TEIXEIRACo-produção COMPANHIA PAULO RIBEIRO CENTRE CHORÉGRAPHIQUE NATIONAL DE CAEN / BASSE- NORMANDIEEstrutura financiada pelo MINISTÉRIO DA CULTURA