quinta-feira, 3 de julho de 2025

O Doente Imaginário de Molière _ estreia | Casa das Artes de Famalicão

 


O Doente Imaginário de Molière _ estreia

Encenação de Miguel Eloy

Coprodução: Casa das Artes de Famalicão e ACE Escola de Artes de Famalicão

Teatro

25 e 26 de Julho | sexta-feira e sábado | 21h30| Grande Auditório

Entrada: 4 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 2 Euros

M/12

Duração: 120 min

 

“Tal como acontece na religião, na medicina existem os «diretores de consciência» e os devotos que se entregam cegamente nas mãos de indivíduos que neles incutem e exploram aquela que será talvez a mais humana das fraquezas: o medo da morte”, diz Alexandra Moreira da Silva no seu Prefácio. A peça conta a história de Argão, um velho senhor hipocondríaco, rico e avarento que, com a mania das doenças, quer casar a sua filha, Angélica, com um médico, Tomás Diaforético, somente para economizar nas consultas e aceder rapidamente a todas as receitas que necessita. Argão é uma personagem obsessiva, patética, que não tem sentimentos por ninguém, grotesco no seu egocentrismo e que exige a atenção de todos sem nada dar em troca. É, aliás, brilhante o comentário de Jean-Luc Lagarce a propósito da personagem: "Um corpo que devora tudo, que impede os outros de viver, que os engole, devora e afoga, um corpo egoísta, monstruoso, que nega a existência dos outros corpos, que fala apenas de si próprio”.  Argão é cegamente apaixonado pela sua segunda esposa, Belina, que por sua vez tenta armar um golpe, em conluio com o Sr. Boafé, para ficar com a fortuna do velho Argão e mandar a sua filha para um convento.  A criada, Tonieta, une forças com o irmão do hipocondríaco, Beraldo, na tentativa de desmascarar a esposa desonesta e, ao mesmo tempo, ajudar a desesperada filha Angélica a ficar com Cleanto, o nobre rapaz por quem é realmente apaixonada. Quando Molière escreveu “O Doente Imaginário” sabia que estava gravemente doente. Interpretou Argão (um falso doente de uma vitalidade incrível) e disfarçava com esgares risíveis a dor das suas convulsões, quando sucumbiu ao quarto dia de apresentações – é com a sua própria doença e com a morte que o autor brinca e nos faz rir.

 

Texto: Molière

Tradução: Alexandra Moreira da Silva

Encenação: Miguel Eloy

 

Interpretação: Rita Neves, André Leite, Beatriz Dinis, Catarina Pereira, Daniel Siqueira, Diana Sá, Diana Gandra, Inês Andrade, Lara Cardoso, Margarida Silva, Maria Camões, Sofia Cunha, Mariana Meireles, Mónica Sofia, Paula Ribeiro, Rúben Ferreira, Simão Ferreira, Lara Santos

Cenografia: Rúben Ponto

Figurinos: Paula Cabral

Desenho de Luz: Tiago Silva

Desenho de Som e Sonoplastia: Fábio Ferreira

Apoio Voz: Emília Silvestre

Cabelos: José Resende

Fotografia de Cena: Ivo Rainha

Direção de Produção: Glória Cheio

Produção: Jorge Azevedo

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