O Doente Imaginário de Molière _ estreia
Encenação
de Miguel Eloy
Coprodução:
Casa das Artes de Famalicão e ACE Escola de Artes de Famalicão
Teatro
25 e 26 de Julho | sexta-feira e sábado | 21h30| Grande
Auditório
Entrada: 4 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero
Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 2 Euros
M/12
Duração: 120 min
“Tal como acontece na religião, na medicina existem os «diretores de
consciência» e os devotos que se entregam cegamente nas mãos de indivíduos que
neles incutem e exploram aquela que será talvez a mais humana das fraquezas: o
medo da morte”, diz Alexandra Moreira da Silva no seu Prefácio. A peça conta a
história de Argão, um velho senhor hipocondríaco, rico e avarento que, com a
mania das doenças, quer casar a sua filha, Angélica, com um médico, Tomás
Diaforético, somente para economizar nas consultas e aceder rapidamente a todas
as receitas que necessita. Argão é uma personagem obsessiva, patética, que não
tem sentimentos por ninguém, grotesco no seu egocentrismo e que exige a atenção
de todos sem nada dar em troca. É, aliás, brilhante o comentário de Jean-Luc
Lagarce a propósito da personagem: "Um corpo que devora tudo, que impede
os outros de viver, que os engole, devora e afoga, um corpo egoísta,
monstruoso, que nega a existência dos outros corpos, que fala apenas de si
próprio”. Argão é cegamente apaixonado
pela sua segunda esposa, Belina, que por sua vez tenta armar um golpe, em
conluio com o Sr. Boafé, para ficar com a fortuna do velho Argão e mandar a sua
filha para um convento. A criada,
Tonieta, une forças com o irmão do hipocondríaco, Beraldo, na tentativa de
desmascarar a esposa desonesta e, ao mesmo tempo, ajudar a desesperada filha
Angélica a ficar com Cleanto, o nobre rapaz por quem é realmente apaixonada. Quando
Molière escreveu “O Doente Imaginário” sabia que estava gravemente doente.
Interpretou Argão (um falso doente de uma vitalidade incrível) e disfarçava com
esgares risíveis a dor das suas convulsões, quando sucumbiu ao quarto dia de
apresentações – é com a sua própria doença e com a morte que o autor brinca e
nos faz rir.
Texto: Molière
Tradução: Alexandra Moreira da Silva
Encenação: Miguel Eloy
Interpretação: Rita Neves, André Leite, Beatriz Dinis, Catarina
Pereira, Daniel Siqueira, Diana Sá, Diana Gandra, Inês Andrade, Lara Cardoso,
Margarida Silva, Maria Camões, Sofia Cunha, Mariana Meireles, Mónica Sofia,
Paula Ribeiro, Rúben Ferreira, Simão Ferreira, Lara Santos
Cenografia: Rúben Ponto
Figurinos: Paula Cabral
Desenho de Luz: Tiago Silva
Desenho de Som e Sonoplastia: Fábio Ferreira
Apoio Voz: Emília Silvestre
Cabelos: José Resende
Fotografia de Cena: Ivo Rainha
Direção de Produção: Glória Cheio
Produção: Jorge Azevedo
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