terça-feira, 24 de junho de 2014

GNR Em Vila Nova de Famalicão

GNR
Rui Reininho, Toli César Machado, Jorge Romão
Música/rock/pop
27 de Setembro| sábado| 21h30 | Anfiteatro do Parque da Devesa
Entrada: livre
M/3
Duração: 120 m
Músicos
Andy Torrence - Guitarra
Miguel Amorim - Teclas
Jorge Oliveira - Bateria
Nos idos de 1981, a Guarda Nacional Republicana não achava grande graça a ter visto a sua sigla usurpada, sem vergonha de espécie nenhuma, por três putos reguilas do Porto que proclamavam alto e bom som querer ver "Portugal na CEE". Convencidos que a celebridade dos mancebos não ia passar de um daqueles fogachos pré-mediáticos a GNR não apresentou queixa e os GNR puderam continuar a usar a sigla, que encurtava o extenso de "Grupo Novo Rock". Foi mesmo das poucas polémicas que passaram ao lado de uma banda que, a certa altura, parecia atraí-las como se fosse um íman. Todos estes anos depois — e será possível que já tenham passado mais de vinte? — os GNR são uma veneranda instituição civil da praça pública pop portuguesa. Há quem os ame e quem os odeie. Mas, já dizia o outro, contra factos não há argumentos e basta desfiar uma lista (mesmo que parcial) de canções para marcar com o proverbial X do totobola a "chave vencedora": "Portugal na CEE". "Hardcore (1º Escalão)". "Piloto automático". "I Don't Feel Funky (Anymore)". "Dunas". "Sete Naves". "Efectivamente". "Pós Modernos". "Impressões Digitais". "Sangue Oculto". "Ana Lee". "Pronúncia do Norte". "Sub-16". "Mais Vale Nunca". "Las Vagas". "Dominó". "Saliva". "Tirana". "Asas (Eléctricas)". "Popless". Faltam muitas, não faltam? Reduzidos agora — e definitivamente — ao trio central de Reininho, Romão e Machado, estes GNR poderiam já não ter o entusiasmo irreverente dos primórdios (o que seria difícil ao fim de vinte anos…), mas compensavam-no com a descoberta de uma elegância e de
uma simplicidade pop de costas deliberadamente voltadas para a moda do momento. Ou, para sintetizar a coisa numa palavra: maturidade.
Prolongada em "Popless", álbum de 2000 que, apesar do título e da exploração dos recantos de charme da voz de Rui Reininho, era tão (ou mais) pop como um disco dos GNR pode ser. O que, como já sabemos desde há mais de vinte anos, é sempre muito — confirme-se em "Câmara Lenta", de 2002, cujo título resume na perfeição a recolha de baladas e outros slows para "agasalhar a costeleta". A surpresa foi perceber que eles já os tinham em 1982, muito antes de "Dunas" e "Bellevue", quando estavam todos a olhar para outro lado. É típico: a marca registada dos GNR foi sempre a de estarem ali, como quem não quer a coisa, e depois apanharem-nos desprevenidos com uma grande canção pop. Daquelas que cola e não descola. O Grupo lança em 2010 o disco Retropolitana, ultimo registo de originais até à data. Em 2011 comemoram 30 anos de carreira e lançam Vôo domésticos e um novíssimo espectaculo ( mais intimista em formato semi-acústico ).

Em 2013, os GNR iniciaram a tour "Afectivamente" nos palcos de todo o país. Em 2014, regressam aos palcos continuando a tour com o mesmo nome;  até ao final do ano lançam o single de estreia  do novíssimo disco.

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