Título: “ÂNGELO DE SOUSA:
QUASE TUDO O QUE SOU CAPAZ - DA COLEÇÃO DE SERRALVES EM FAMALICÃO”
Foyer, de 10 de dezembro (Inauguração
às 17h00) a 29 de fevereiro.
Ângelo de Sousa (Lourenço Marques, Moçambique,
1938-2011, Porto), além de ser uma das figuras mais influentes da arte
portuguesa da segunda metade do século XX, é um dos artistas melhor
representados na Coleção de Serralves, com trabalhos realizados entre os anos
1961 e 2002, e que abarcam todos os meios artísticos a que ele se dedicou ao
longo da sua prolífica carreira: desenho, pintura, escultura, instalação, filme
e fotografia.
"Ângelo de Sousa: Quase tudo o que sou
capaz” junta uma parcela muito considerável destas obras — desenhos, pinturas e
esculturas — com o objetivo de sublinhar a importância da contaminação entre
aquelas disciplinas para a evolução da sua prática artística: ao reunir obras
de vários períodos da sua carreira, esta exposição combate a imagem dominante
do pintor Ângelo, mostrando que o desenho e a escultura são não apenas facetas
fundamentais da sua obra como aquelas em que porventura é mais evidente o
espírito experimentalista da sua obra.
Caracterizados por uma aparente simplicidade —
o artista tenta obter, nas suas palavras, "o máximo de efeitos com o mínimo
de recursos, o máximo de eficácia com o mínimo de esforço, e o máximo de
presença com o mínimo de gritos” —, os desenhos, pinturas e esculturas de
Ângelo de Sousa não ilustram conceitos, nunca partem de ideias, mas da ânsia de
fazer e pensar com as mãos. A exposição sublinha esta vontade de trabalhar com
elementos simples, ao apresentar as primeiras obras de Ângelo de Sousa, ainda
figurativas mas apontando já para a depuração que viria a caracterizar o
artista, lado a lado com os exercícios abstrato-geométricos — nomeadamente
desenhos, telas e esculturas — que o impuseram como um dos maiores estudiosos
da cor e da luz.
"Ângelo de Sousa: Quase tudo o que sou
capaz” integra-se num programa de exposições e apresentação de obras da coleção
de Serralves especificamente selecionadas para os locais de exposição com o
objetivo de tornar o acervo acessível a públicos diversificados de todas as
regiões do país.
Produção:
Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea, Porto
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