Dia Mundial da Música
Domitila
Mini-ópera em um ato baseada nas cartas de D. Pedro I e Marquesa de
Santos
Música e Libreto: João Guilherme Ripper.
Encenação e Design: Pedro Ribeiro
Interpretação: Sara Braga Simões
Toy Ensemble: Ricardo Alves, clarinete; Burak Ozkan violoncelo , Christina Margotto, piano;
1 de Outubro |Sábado | 21h30 | Grande Auditório
Entrada: 4 euros. Estudantes, Cartão
Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 2 Euros
M/6
Duração: 60 min
Sinopse
“Para quem por amor me prende e por amor he preza……”
A interpretação que J.G.Ripper faz na sua música da personagem “Domitila”
parece-me desenhar uma pessoa que sofre de um grande amor perdido, que vive
numa desilusão, que busca até uma espécie de vingança. Parece englobar em si
uma espécie de dependência. Uma dependência por este amor perdido e por não ter
atingido o seu objectivo com o relacionamento. Tal qual uma Miss Havisham
(personagem de C.Dickens na obra “Grandes Esperanças”). Assim a atmosfera criada
pela cenografia busca um local de passagem de uma casa. Uma habitação que é
deixada para trás. A personagem abandona a casa a pedido do ex-amante
encontrando as cartas que habitam em si. Apenas o espírito da Domitila
permanece, revivendo tempos passados. As projecções de memórias são derramadas
sobre a cenografia e o figurino. São ilustrações e pinturas, que remetem para o
período de vida da Marques (1797-1867), feitas por Teive, Debret, Hildebrandt,
Júnior, Almeida, Landseer, Taunay, Chamberlain, Guilobel, Rugendas, Graham,
entre outros. O figurino é uma peça completamente original, desde o tingimento
do tecido à pintura feita à mão. Recria fielmente a ortografia das cartas de
D.Pedro I o papel amarelecido pelo tempo, os carimbos dos arquivos históricos;
os envelopes; e os borrões de tinta alagados em lágrimas. Assim a encenação não
irá também seguir uma linha ilustrativa do dia sugerido pelo libreto. A
Marquesa sabe as cartas de memória, ela vive com elas, ela não as descobre por
acidente quando vai sair de casa, ela no fundo, nunca saiu de casa naquele dia,
ela vive lá hoje e nas palavras que Pedro escreveu.
Por Pedro Ribeiro | Encenação e Design
Ficha Artística
Música e Libreto: João Guilherme Ripper Encenação e Design: Pedro Ribeiro
Interpretação: Sara Braga Simões
e Toy Ensemble: Ricardo Alves, clarinete; Burak Ozkan violoncelo , Christina
Margotto, piano;
Design de Luz: Rui Maia
Ficha Técnica:
Modelação, Confecção Figurino e Cortinas: Letícia dos Santos Tingimentos e
Pinturas de Tecido: Pedro Ribeiro Confecção Saiotes: Maria José Ribeiro Vídeo,
Ilustração de: Joaquim Teive, Jean Debret, Eduard Hildebrandt, Almeida Júnior,
Belmiro Almeida, Charles Landseer, Félix Taunay, Henry Chamberlain, Joaquim
Guilobel, Johann Rugendas, Maria Graham entre outros retirados de acervos de
Desenho da Faculdade de Belas Artes de Lisboa e do arquivo online “Brasiliana
Iconográfica”. Apoio: Companhia de Teatro Os Quatro Ventos
Produção: Mestres Viajantes
Coprodução: Casa das Artes Famalicão
João Guilherme Ripper | Compositor
Pedro Ribeiro | Encenador |
Domitila by João Guilherme Ripper, an opera in one act
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