Teatro
28 e 29 de Novembro | Sexta-feira e Sábado|21h30
Entrada: 6
euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65
anos): 3 Euros
M/12
150 min
Todos os fracos e desprotegidos recorrem à personagem de
Joana Dark escrita por Brecht. Joana segue o seu espírito missionário enquanto
porta-voz do povo, e mediadora dos conflitos entre os trabalhadores e o poder
que dirige a indústria da carne. Joana é manipulada pela classe que representa,
mas também pelo poder que lhe oferece pequenas vitórias com o objetivo de a
instrumentalizar. Joana é a válvula de escape do povo e o instrumento através
do qual o poder tenta controlar a fúria da multidão. Joana podia ser aquela
artista politicamente engajada, com fortes discursos em defesa de todos os
oprimidos do mundo, que se alimenta das suas histórias e tragédias, e que
inconscientemente contribui para a romantização das suas desgraças. Escrita por
Bertolt Brecht entre 1929 e 1931, e estreada em palco somente em 1959, Santa
Joana dos Matadouros estreia em novembro no Teatro Carlos Alberto, com
encenação de Bruno Martins, diretor-artista do Teatro da Didascália. O texto
trabalha sobre esta tensão entre fé e política, expondo os mecanismos através
dos quais o poder absorve e neutraliza a luta popular.
A história passa-se em Chicago logo após o crash bolsista
de 1929. Mas podia passar-se em qualquer tempo e lugar. É a sempre inacabada
história dos fracos e desprotegidos diante do poder discricionário dos
proprietários, patrões e especuladores. Entre uns e outros, Bertolt Brecht cria
uma personagem chamada Joana Dark – inspirada na figura de Jeanne d’Arc – que,
animada pela fé religiosa, se junta aos trabalhadores na luta contra o
desemprego e a miséria, mas que o poder rapidamente instrumentaliza a seu
favor.
Texto: Bertolt Brecht
Dramaturgia e Encenação: Bruno Martins
Assistência de Encenação: Cláudia Berkeley
Composição e Direção Musical: Amélia Muge
Apoio técnico-musical: António José Martins
Interpretação: Beatriz Wellenkamp Carretas, Carolina
Rocha, Eduardo Breda, Flávio Catelli, João Cravo Cardoso, João Melo, João
Miguel Mota, Lucília Raimundo, Pedro Couto, Telma Cardoso
Cenografia e Figurinos: Catarina Barros
Assistência de cenografia e figurinos: Susana Paixão
Desenho de luz: Valter Alves
Operação de som: Mariana Guedelha
Direção de Produção: Patrícia Gonçalves
Comunicação: Anaïs Proença
Design gráfico: Luísa Martelo
Fotografia de cena: Paulo Pimenta
Vídeo: Eduardo Breda
Produção: Teatro da Didascália
Coprodução: Casa das Artes de Famalicão, Cineteatro
Louletano, Teatro
Nacional São João
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

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