terça-feira, 28 de outubro de 2025

Santa Joana dos Matadouros de Bertolt Brecht | Casa das Artes de Famalicão

Uma coprodução Teatro da Didascália, Casa das Artes de Famalicão, Cineteatro Louletano e Teatro Nacional São João

Teatro

28 e 29 de Novembro | Sexta-feira e Sábado|21h30

Entrada: 6 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 3 Euros

M/12
150 min

Todos os fracos e desprotegidos recorrem à personagem de Joana Dark escrita por Brecht. Joana segue o seu espírito missionário enquanto porta-voz do povo, e mediadora dos conflitos entre os trabalhadores e o poder que dirige a indústria da carne. Joana é manipulada pela classe que representa, mas também pelo poder que lhe oferece pequenas vitórias com o objetivo de a instrumentalizar. Joana é a válvula de escape do povo e o instrumento através do qual o poder tenta controlar a fúria da multidão. Joana podia ser aquela artista politicamente engajada, com fortes discursos em defesa de todos os oprimidos do mundo, que se alimenta das suas histórias e tragédias, e que inconscientemente contribui para a romantização das suas desgraças. Escrita por Bertolt Brecht entre 1929 e 1931, e estreada em palco somente em 1959, Santa Joana dos Matadouros estreia em novembro no Teatro Carlos Alberto, com encenação de Bruno Martins, diretor-artista do Teatro da Didascália. O texto trabalha sobre esta tensão entre fé e política, expondo os mecanismos através dos quais o poder absorve e neutraliza a luta popular.

A história passa-se em Chicago logo após o crash bolsista de 1929. Mas podia passar-se em qualquer tempo e lugar. É a sempre inacabada história dos fracos e desprotegidos diante do poder discricionário dos proprietários, patrões e especuladores. Entre uns e outros, Bertolt Brecht cria uma personagem chamada Joana Dark – inspirada na figura de Jeanne d’Arc – que, animada pela fé religiosa, se junta aos trabalhadores na luta contra o desemprego e a miséria, mas que o poder rapidamente instrumentaliza a seu favor.

 
Ficha artística e técnica

Texto: Bertolt Brecht

Dramaturgia e Encenação: Bruno Martins

Assistência de Encenação: Cláudia Berkeley

Composição e Direção Musical: Amélia Muge

Apoio técnico-musical: António José Martins

Interpretação: Beatriz Wellenkamp Carretas, Carolina Rocha, Eduardo Breda, Flávio Catelli, João Cravo Cardoso, João Melo, João Miguel Mota, Lucília Raimundo, Pedro Couto, Telma Cardoso

Cenografia e Figurinos: Catarina Barros
Assistência de cenografia e figurinos: Susana Paixão

Desenho de luz: Valter Alves
Operação de som: Mariana Guedelha

Direção de Produção: Patrícia Gonçalves
Comunicação: Anaïs Proença
Design gráfico: Luísa Martelo
Fotografia de cena: Paulo Pimenta
Vídeo: Eduardo Breda

Produção: Teatro da Didascália

Coprodução: Casa das Artes de Famalicão, Cineteatro Louletano, Teatro

Nacional São João
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

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