sexta-feira, 17 de novembro de 2006

COSÌ FAN TUTTE (ossia La scuola degli amanti)


Ópera em dois actos

FUNDAÇÃO JOÃO JACINTO DE MAGALHÃES / ATELIER DE COMPOSIÇÃO
Música WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791) K. 588
Libreto LORENZO DA PONTE
Estreia absoluta VIENA, BURGTHEATER, 26 DE JANEIRO DE 1790

6 Dezembro, Quarta-feira, 21h30, Grande Auditório.

M/6 duração aproxim….160 m com intervalo

Così fan Tutte surgiu de uma encomenda do Imperador Joseph II, após uma apresentação bem sucedida de As Bodas de Figaro, em Agosto de 1789. Contou com argumento original de Lorenzo da Ponte, embora os elementos da história pudessem já ser encontrados em obras literárias anteriores. O primeiro ensaio foi feito no apartamento de Mozart, em 31 de Dezembro, rápidamente mudando-se (Janeiro) para o teatro, muito provavelmente com Joseph Haydn no auditório. A ópera estreou no Burgtheater de Viena, em 26 de Janeiro de 1790, decorrendo somente cinco apresentações antes que o luto pela morte de Joseph II fechasse os teatros em Fevereiro. A produção teve a sua segunda estreia em Junho, com outras cinco apresentações. Subsequentemente, Così fan Tutte viaja pela Alemanha, com tradução em alemão, nas quais a “imoralidade”, percebida na história, levou a alterações acentuadas no enredo. Em algumas versões as mulheres sabem do plano e elaboram a sua vingança. Hoje, a forma original da ópera é uma peça que faz parte da programação regular nos teatros de ópera em todo o mundo.
Classificada, em diversas ocasiões, como uma “ópera geométrica”, tanto musical, pela disposição das suas árias, como pelo argumento: dois pares, frente a frente, Ferrando e Dorabella, Guglielmo e Fiordiligi. Mozart consegue resultados excelentes sem a necessidade de recorrer a tantos recursos, como n’As Bodas, ou no Don Giovanni.
É, sobretudo, uma ópera que escrita para divertir plateias e, como tal, tem os seus méritos. Não é, segundo a maioria dos críticos, uma obra-prima, nem era essa a real intenção do compositor austríaco. Apesar disso, Così é, das suas obras, a que apresenta algumas das mais belas árias e o maior número de “cenas de conjuntos”, duos, tercetos e quartetos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Só é lamentável não ter havido espaço para mencionar os nomes dos solistas e o do maestro António Saiote com a Orquestra da ESMAE.

Anónimo disse...

É pena que a Ópera
a) tenha decorrido para cerca de noventa pessoas, apenas (Não houve promoção? E as escolas?)
b) não tenha tido legendas (presumindo que todos percebem italiano, presumo)
c) que não tenha sido feito nenhum programa do espectáculo que se estava a ver,
ou seja
grande espectáculo,
sofrível produção...