B Fachada
“Fachada está
interessado em questionar convenções no seu próprio tom, no seu próprio tempo,
nos seus próprios termos”
Música
26 de janeiro | Sábado| 23h30| Café Concerto
Entrada: 3 euros. Estudantes e Cartão
Quadrilátero Cultural: 1.5 Euros
M/6
Duração: 70 min
Escreve canções que dão mostras de ser recebidas como
ciência social, mas o inverso também é verdadeiro. Tem muitos descendentes, mas
é mais que a soma dos por si influenciados. Na música popular portuguesa do
século XXI não há outra figura como B Fachada, o nome artístico de Bernardo
Fachada, compositor, multi-instrumentista, produtor. Nascido em 1984, estudou
música no Instituto Gregoriano de Lisboa e aprendeu piano. Mais tarde,
frequentou a escola do Hot Clube de Portugal e, na Universidade, cursou Estudos
Portugueses. Desde 2007 tem-se notabilizado por um espantoso, e até certo ponto
impiedoso, ritmo de edições, através do qual frequentemente subverte o cânone e
converte os dogmáticos, baralha as expetativas e expetora a maralha, coça
rótulos, caça ruturas. Entre formatos físico e digital, lançou cinco EP
(destacando-se o remoto “Viola Braguesa”, uma reflexão sobre o conceito da
tradição e suas traições, ou o split com as Pega Monstro, de 2015, em reflexo
da amizade e acuidade estética), três mini álbuns charneira (“Há Festa na
Moradia”, que teve edição física em vinil, “Deus, Pátria e Família”, que
aparentou parar o país, e “O Fim”, com que anunciou uma pausa sabática) e seis
registos de longa-duração (da discussão das questões de moral associadas ao universo
infanto-juvenil de “B Fachada é Pra Meninos” e do manifesto de pop batumada que
foi “Criôlo” até ao homónimo de 2014, criado com recurso a samples burilados,
programações barrocas, batidas apátridas). O seu impacto conjunto testa os
limites daquilo que, neste domínio, se entende por produção cultural.
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