Exposição de Pintura de José Nunes
De 7 a 31 de Dezembro, FoyerTitulo – A Mania das Golas e o Amolador de Pele
Inserido nos princípios de um movimento artístico e em
toda uma filosofia surrealista, o autor apresenta um trabalho contemporâneo
essencialmente visual em que por meio do automatismo em que a mente pouco ou
nenhum controlo exerce, tanto a nível abstracto ou figurativo simbólico, tenta
transmitir as imagens da realidade mais profunda, ou seja, do subconsciente,
quer seja nos conceitos do autor como na envolvência social a que ele pertence
ou se sujeita. Acrescenta ainda o dissecar do seu processo criativo, os
alicerces da sua obra, que se denominam como a parte consciente do seu
trabalho.
Desta forma, a essência da exposição é o confronto e o
choque desses mesmos princípios surrealistas, automáticos e subconscientes, com
a completa noção de um processo criativo, delineado e consciente. Tanto pelos
textos, desenhos ou pintura a óleo, partes integrantes do seu processo, o autor
cria uma banalização interpretativa da sua obra, resultando assim, no principal
objectivo da exposição.
Texto
Surrealista (apresentado em caderno aos visitantes, excerto)
“Na Mania e em maneio diz-se que…
Ela, de riso em raquete e olho em marca, pretende o
exaurir da probabilidade de querer fogo. Diz-se que ela, na palpitante zona do
ferro cintilante, atira chaves embeiçadas por rolos de energia queimada e
alourada no capital ensejo da memória que por sua vez, reflecte chinelos de
pontos frios futuros. Nada mais é que confronto de um passado e de um futuro no
presente envolvido em seus longos cabelos tristes com vertigens em gola gasta.
Em cascas varridas numa qualquer prenda de fundo
robusto diz-se que ela sente legítimos escopos de felicidade…
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