segunda-feira, 26 de março de 2018

O Vigilante Noturno - Estreia na Casa das Artes de Famalicão


O Vigilante Noturno Estreia

“O Vigilante Noturno é um novo projeto de criação do Teatro da Didascália e o segundo numa linha de criação que se orienta por um trabalho que vai ao encontro da manipulação dos materiais…”

Coprodução: Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Teatro da Didascália, Centro Cultural Vila Flor.

Teatro |pluridisciplinar

5, 6 e 7 de abril | Quinta, sexta e sábado | 21h30| Grande Auditório

Entrada: 8 euros. Estudantes e Cartão Quadrilátero Cultural: 4 Euros

M/12

Duração: 60 min (aproximadamente)

Sinopse:

Registo horário

O Vigilante Noturno

Meia-noite: Frio. Mais frio que ontem. Materiais, tudo no lugar, não tugem nem mugem. Chegou o carregamento de baldes, plástico bom. São só meia-dúzia, mas o estaleiro já parece outro. Uma da manhã: Os tijolos continuam a aborrecer-me. Estão demasiado bem-dispostos. Quando volto da ronda, apanho sempre algum fora do lugar. Se continuarem, vou ter que tomar medidas extremas.

Uma da manhã e dois minutos: Pronto, já está! Acabaram de conhecer o martelo. Os materiais nem sempre têm razão. Duas da manhã: As madeiras começam a apresentar sérios sinais de stress. Está a ser difícil mantê-las no lugar. Tenho a sensação que ando a ser espiado por dois tubos de esgoto. Três da manhã: O cascalho inicia um processo de boicote. Está instalado um clima de medo e tensão geral. A revolução dos materiais pode rebentar a qualquer instante. Estou sozinho. Quatro da manhã: Uma corda atacou-me pelas costas. Desconheço os motivos da sua revolta. Estou encurralado e o balde olha para mim com um olhar furioso. Não sei quanto tempo mais conseguirei aguentar sozinho. Se ao menos a manhã chegasse. Os baldes novos estão do meu lado. Cinco da manhã: O tijolo que eu pensava que era diferente, afinal é como os outros. São todos iguais, todos iguais, todos iguais. Seis da manhã: Se alguém estiver a ler este registo, é porque os materiais

O Vigilante Noturno é um novo projeto de criação do Teatro da Didascália e o segundo numa linha de criação que se orienta por um trabalho que vai ao encontro da manipulação dos materiais, a partir dos quais a mão humana se serve para manipular, transformar e esculpir, dando asas a uma necessidade profunda e intrínseca do ser humano: criar.

Esta pesquisa sobre a manipulação da matéria e dos materiais iniciou-se com o espetáculo “One Man Alone”, onde concentrámos as atenções na massa fresca do pão, dando forma ao imaginário absurdo das longas noites de um padeiro solitário.



Ficha Artística:

Encenação e cocriação: John Mowat

Assistência de encenação e cocriação: Cláudia Berkeley

Apoio dramatúrgico: Jorge Louraço Figueira

Interpretação e cocriação: Bruno Martins, Igor Gonçalves e Rui Souza

Direção musical: Rui Souza

Cenografia: Jorge Magalhães, Frederico Almeida

Desenho de luz: Valter Alves

Direção de produção: Jonathan da Costa

Coprodução: Teatro da Didascália, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, CCVF – Centro Cultural Vila Flor

Estrutura Financiada pela dgArtes / Secretaria de Estado da Cultura

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