Encenação de João Cardoso
Coprodução
- Assédio Teatro, Casa das Artes de Famalicão, Teatro Nacional São João e FITEI
Teatro
3 e 4 de Outubro | Sexta-feira e Sábado |
21h30| Grande Auditório
Entrada: 6 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero
Cultural e Seniores (a partir dos 65 anos): 3 Euros
M/12
Duração: 90 m
Um quadro aparece do nada quando uma irmã e um irmão esvaziam a casa do pai recentemente falecido. O quadro está assinado: A ponto Hitler.
Nacthland,
"terra nocturna" ou ""sombria" — título aqui
“traduzido” para “Isto é um Hitler genuíno” — é a mais recente (2022) obra de
Marius von Mayenburg. Nela consegue este autor alemão de ascendência judaica
congregar, à volta de um quadro supostamente pintado pelo Führer antes deste o
ser, muitos dos traumas da sociedade contemporânea alemã: que lugar dedicar ao
passado criminoso da nação, como falar dele, discuti-lo, reenquadrá-lo, como
relacioná-lo com o presente. Consegue, também, suscitar uma complexa e soturna,
mas muitas vezes hilariante, discussão sobre a arte, o seu valor, a sua
neutralidade (ou não) face ao contexto em que é criada, a sua mácula ou pureza
quando contrastada com a biografia de quem a trouxe ao mundo. Cruzando todas
estas questões com as divididíssimas opiniões dos membros da família acerca do
destino a dar aquele quadro (ficar com ele; vendê-lo e ficar com o dinheiro;
vendê-lo e doar o dinheiro; pura e simplesmente incinerá-lo…), o que Nachtland
faz, com suprema mestria intelectual, teatral e linguística, é enfrentar
destemidamente tudo o que é melindroso, tudo o que está mal resolvido, os
campos minados onde a sociedade joga o seu sentido de história, pertença,
política e moral. Ao fazê-lo, o que Nachtland nos pede é disponibilidade e
coragem para testemunhar a discussão que propõe, os complicadíssimos
preconceitos que a regem e, talvez, a impossibilidade de um desfecho
“aceitável”.
Texto:
Marius Von Mayenburg
Tradução:
Francisco Luís Parreira
Encenação:
João Cardoso
Interpretação:
Daniel Silva, Gracinda Nave, Inês Simões Pereira, Joana Africano, Pedro Galiza,
Pedro Quiroga Cardoso e Teresa Arcanjo
Cenografia,
figurinos e identidade gráfica: Sissa Afonso
Sonoplastia,
desenho e operação de som: Francisco Leal
Desenho
de luz: Nuno Meira
Vídeo:
Nuno Leites
Assistência
de encenação: Pedro Galiza
Assistência
de figurinos: Inês Afonso Cardoso
Assistência
e operação de luz: Pedro Correia
Produção
executiva: Inês Simões Pereira
Apoio
à comunicação: Daniel Silva e Inês Simões Pereira
Fotografias
de divulgação: Inês Afonso Cardoso e Sissa Afonso
Produção:
Assédio Teatro
Co-produção:
Casa das Artes de Famalicão, Teatro Nacional São João e FITEI
Acolhimento:
Teatro Municipal de Bragança
Apoio:
República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes
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